O auditório do Teatro Dante Barone na Assembleia Legislativa esteve lotado na manhã da segunda-feira, 3, com mais de 400 agricultores(as) familiares de todo o estado participando de audiência pública para debater a Reforma da Previdência. Audiência solicitada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) ao deputado federal Heitor Schuch (PSB/RS), que ingressou com o pedido à Comissão Especial da Reforma da Previdência e foi prontamente atendido, possibilitou a presença do presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, o deputado federal Marcelo Ramos, em Porto Alegre, para discutir com as lideranças os impactos desta reforma, especialmente aos agricultores.
Inúmeras lideranças participaram, entre deputados estaduais e federais, lideranças sindicais e de entidades representativas urbanas nos mais diversos segmentos, como também técnicos da área previdenciária a exemplo de Jane Berwanger, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) e do advogado Tiago Kidricki.
Com gritos de guerra ´1-2-3, 4-5 mil, paramos a reforma ou paramos o Brasil` que ecoavam no teatro e uniam as vozes de todos os trabalhadores que ali estavam, o presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo afirmou que o estado brasileiro não pode gastar mais do que arrecada, comparando a economia do país com a familiar, que é realizada na casa do cidadão. Marcelo reiterou que para garantir o ajuste fiscal a conta não deve “cair para as pessoas mais humildes”. Reforçou que cerca de 14 partidos protocolaram o apoio à agricultura familiar na comissão especial.
Em sua fala, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que a audiência pública é mais uma ação conjunta da federação seus sindicatos que está surtindo efeito no Congresso Nacional. “Só vamos descansar depois que a votação em plenário garantir os direitos dos trabalhadores rurais na reforma. Enquanto isso não acontecer, a agricultura familiar do estado não dormirá”, reforçou.
Aproveitando a oportunidade, a Fetag entregou ao deputado Marcelo, mais de 100 mil assinaturas de agricultores(as) familiares em um abaixo-assinado que mostra a indignação da classe em relação ao afronte da Reforma da Previdência.