Quem nunca tomou um medicamento sem prescrição médica para combater aquela ‘dorzinha’? é comum as pessoas se automedicarem, mas isso pode tornar-se um risco para a saúde e uma dependência.
Em um levantamento feito com algumas farmácias de Venâncio Aires, a reportagem concluiu que os analgésicos, exemplo para isso é o paracetamol, são os medicamentos mais comprados sem receita médica. Em segundo lugar estão os anti-inflamatórios, em seguida estão os antitérmicos, relaxante muscular e anti-ulcerosos.
Quem possui o hábito de consumir esse tipo de medicamento, sabe o risco que corre. Um exemplo para isso é o motoboy, Jorge Luís, 45 anos, que diariamente toma um relaxante muscular. Conforme
ele, a decisão por tomar um medicamento se deu devido ao dia intenso de trabalho. Questionado sobre tornar-se dependente do medicamento e a possibilidade de procurar um médico, ele afirma: “Problema de procurar um médico é o risco que se corre em descobrir outras doenças.”
Mas, comprar medicamento não é tão simples. A venda sem receita médica é permitida apenas para aqueles sem tarja. Conforme explica a farmacêutica, Fabrine Martins, existem alguns medicamentos de tarja vermelha que podem ser vendidos sem receita médica, um exemplo para isso são os anticoncepcionais. “Pois outros medicamentos que possuem tarja vermelha, têm obrigatoriedade de serem vendido apenas com a apresentação da receita, que fica retida na farmácia durante cinco anos. Neste caso, a receita é branca, em duas vias. Já quando é medicamento de faixa preta, fica guardado dentro de um armário, trancado com chave. Isso significa que a solicitação no balção passa a ser ainda mais rigorosa, pois a receita, também, fica retida”, explica. Estão na lista de medicamentos que não podem ser comprados sem receita médica: alguns analgésicos, ansiolíticos, anticompulsivos e outros.
De acordo com Fabrine, algumas pessoas costumam chegar na farmácia e relatar a dor que está sentido para, em seguida, pedir algo para determinado problema. Nestes casos, é sempre necessário procurar o farmacêutico dos estabelecimentos, que poderá indicar medicamentos para determinado problema, porém, nenhuma das indicações poderá ser tarjada. “O certo seria todo o medicamento ser indicado por um médico”, aponta. Mas, nem sempre isso funciona porque, na maioria das vezes, as pessoas costumam sempre usar terceiros que já tenham tomado tal medicamento para solicitá-lo.
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