Para Fernando Büllow Fiegenbaum, a vida tem o ritmo da música, das boas amizades, e de uma forte identificação com o município. Pertencente a uma família grande e unida, este venâncio-airense de 51 anos sempre fez questão de estar perto ‘dos seus’, uma fonte de aconchego e apoio cuja base está na matriarca Odila, que aos 95 anos é uma forte presença e fonte de inspiração para todos os familiares.
Fernando, que chegou a residir fora do município para servir ao Exército, em São Gabriel, e também para cursar a graduação em Informática, na Unisinos, em São Leopoldo, conta sempre ter buscado meios para estar próximo à família. “Era fim de semana sim, o outro também, e eu estava em Venâncio Aires”, diverte-se.
Após formado, conquistou uma vaga em uma empresa de Santa Cruz do Sul, seguindo assim por outras oportunidades, até integrar a Dimon, que mais tarde tornaria-se a Alliance One. “E esse tempo todo eu fiquei indo e voltando a Venâncio. Foram 23 anos que eu saía e voltava para cá, porque aqui é meu cantinho”, contabiliza Fernando, que hoje atua como supervisor de Desenvolvimento de Sistemas no Centro Administrativo da empresa, localizado no município.
Toda essa identificação, não é por acaso. É no município que Fernando convive com os amigos, a família, com os filhos Ricardo e Eduardo, e com os enteados Gustavo e Giulia. Nestes encontros, a animação está garantida, porque nunca falta uma boa conversa e uma roda de violão.
A música, aliás, é uma parte muito importante na vida de Fernando: ele, que ingressou na Banda do Gaspar aos sete anos, também se juntou ao Exército para tocar na banda da instituição. Foi nesse período, inclusive, que aprendeu a tocar violão de forma autodidata. “Minha mãe, que é falecida hoje, cantava na igreja, ela sempre gostou muito de música; Meu pai chegou a tocar na Ospa; Minha avó adorava música; eu dormia à noite ouvindo meus tios cantando na sala. Isso é uma coisa que fez parte da gente, e nunca saiu. Se eu me reúno com qualquer um da família, o violão tem que estar junto”, resume.
Fernando, que já participou por muitos anos do Rotary Clube Chimarrão, hoje está afastado, mas pretende retomar os trabalhos, tem também nos avós o exemplo para este envolvimento com a comunidade. “Meu avô foi presidente de clubes de serviço, e minha avó, se ela pudesse ainda agora, ela costuraria para entidades. Ela sempre achava um jeito”, conta, com carinho.
FOLHA DO MATE – O que te levou a escolher a área da informática?
FERNANDO BÜLLOW FIEGENBAUM – Na época em em que escolhi, a Informática, em 1983, era um grande desafio, que ninguém sabia trabalhar. Informática era aquela coisa nebulosa, que ninguém sabia certo onde iria chegar, mas todos diziam que era a profissão do futuro. Eu gosto de trabalhar nesta área, é uma Ciência Exata, com a qual eu me identifico muito. É desafiante por conhecer todos os ramos dentro da empresa, desde o fornecimento, dos insumos, do acompanhamento, das estimativas, das entregas do produtor, estoque, produção, controle de qualidade, exportação, áreas contábil, fiscal administrativa, ou seja, toda a coorporação.
Como é o trabalho de desenvolvimento de sistemas dentro da empresa?
Nós somos o departamento para atender as necessidades internas, principalmente, e muitas externas. Somos um facilitador, e todas as áreas da empresa são nossas ‘clientes’. Quando nosso ‘cliente interno’ tem uma necessidade, ele nos abre um chamado, nós o entedemos melhor, damos conta daquele chamado, e disponibilizamos a solução em um ambiente de teste; após a aprovação, segue para um ambiente de produção. Além disso, temos o desenvolvimento de sistemas, quando se começa um projeto do zero. Hoje, por exemplo, estamos trabalhando, em conjunto com Estados Unidos e Índia, em um sistema internacional para implementar em todos os países onde há Alliance One, para controle de produtores.