A retirada de cascalho do Arroio Sampaio é novamente a principal opção para prefeituras garantirem estradas em boas condições, especialmente nos meses de inverno. Considerada importantíssima, pela qualidade do material, a extração gera também contestações por parte de moradores.
Durante maio, equipes de Cruzeiro do Sul retiraram toneladas de cascalho do arroio, num trabalho que se estendeu ao longo de quase três semanas. Populares, residentes no território de Mato Leitão (localidade de Sampaio Baixo), ficaram preocupados com as consequências. “Foram dias e dias de muito barulho das máquinas e caminhões no arroio, numa extensão de aproximadamente dois quilômetros. Fiquei muito preocupado com a situação, se isso estava correto”, disse o morador que não quer ser identificado.
O popular comentou
ainda que em outras oportunidades a extração de cascalho alterou o curso das águas e destruiu pontos de lazer na época do verão. “Teve uma vez que uma pessoa quase se afogou num buraco que apareceu no arroio”, disse. O secretário de Obras João Renato Mallmann confirmou o trabalho no lado de Cruzeiro do Sul. Ele não revelou a quantidade retirada, mas destacou que o serviço está licenciado. Todo o material, explicou, será usado na manutenção das estradas.
Em Mato Leitão a retirada do cascalho ocorreu pela última vez em abril, nas proximidades do britador, também na localidade de Sampaio. “Esse material é de suma importância. Aproveitamos o nível baixo do arroi para retirar cascalho, tudo dentro das regras. Não existe estrada boa sem cascalho do arroio”, afirmou o secretário de Obras Jone Machado. Estradas na Linha Hillesheim, Linha Puhl, Travessão Regert e Travessão Violões Roos receberam melhorias com o material.