Artesanato para viver e enfeitar

-

O envolvimento com o artesanato surgiu ainda na infância. Vera Schmitt, de 61 anos, começou a ter contato com a arte no Colégio Evangélico Alberto Torres, em Lajeado. Aos poucos, foi adquirindo noções e o gosto pelo trabalho manual. Com as oportunidades, percebeu que a pintura era o que a atraía mais, e decidiu investir em cursos para aprimorar as habilidades.

Para aprender, Vera conta que utilizava muito a observação de elementos da natureza. “Lembro uma vez em que peguei algumas frutas e coloquei em cima da mesa. Delas, eu fiz uma réplica”, relembra. Além disso, acrescenta que foi uma época complicada para aprender, pois não havia a tecnologia de hoje. “Eu comprava revistas e estudava por ali. Errei muito, mas batalhei para aprender o jeito certo”, revela.

O coelho, confeccionado de um jeito que possa mexer mãos e pernas, é o favorito da moradora da Cidade das Orquídeas. (Foto: Bruna Stumm)

Pelo talento, a artesã passou a ministrar aulas de pinturas para outras mulheres na Emater e também na Associação dos Amigos do Centro Municipal de Cultura de Venâncio Aires (Cemuc) e na loja Cachepô, de Lajeado. Somando, já se passaram 25 anos ministrando os cursos. Com o tempo, começou a investir em outros tipos de artesanato, para além das pinturas, e fez da confecção seu ganha-pão.

Gerações

Casada com Adriano Schmitt, teve três filhos: Aline, Cláudia e Eduardo. Orgulhosa, Vera conta que todos levaram como profissão um trabalho que permite criar e usar as ‘habilidosas mãos’. Eduardo, de 39 anos, tem uma oficina de som automotivo e trabalha com a parte elétrica de automóveis. Aline, por sua vez, seguiu no ramo da costura e abriu a própria loja no segmento do vestuário. A filha caçula, Cláudia, descobriu no artesanato uma paixão.

Aos 33 anos, a protética dentária de formação revela que, durante a pandemia da Covid-19, começou a pintar gessos como lazer. Ao se aproximar do Natal, decidiu presentear amigos e parentes com os trabalhos. Após receber muitos incentivos, decidiu que tentaria algo novo. A partir daí, o gesso, a pedraria, as fitas e tintas passaram a ser os companheiros do dia a dia e o principal meio de renda.

O trabalho com gesso, para Cláudia, começou há pouco mais de um ano e meio. (Foto: Bruna Stumm)

Junto com a mãe, fundou a EnergizeLar, loja virtual para divulgarem os trabalhos produzidos. Entre os itens de gesso mais vendidos, a Nossa Senhora é a mais solicitada, por conta da fé e devoção. Buda e o dragão estão ganhando cada vez mais espaço. Por esse motivo, Cláudia afirma que está sempre estudando o mercado e buscando saber o significado das esculturas. Com Vera, fica com o trabalho de mantas para térmicas, guirlandas, confecção de coelhos para a Páscoa, telas, pinturas, panos para a mesa, bolsas, entre outros. “Só não faço crochê”, comenta, aos risos.

Brasil a fora

As encomendas chegam pelas redes sociais, onde há a divulgação dos produtos. O envio é feito por todo o Brasil, via Correios ou transportadora, se a peça for muito grande. “Algumas peças já foram para a Alemanha, inclusive”, afirma Vera. Isso se deu por clientes enviarem para o país como presentes para os parentes.

“Sinto realização com o meu trabalho. Principalmente quando eu vejo que os meus alunos aprenderam algo comigo.”

VERA SCHMITT

Artesã

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido