Para que um hospital ‘funcione’ é preciso de várias mãos. No Hospital São Sebastião Mártir, em especial, são 918 de diferentes setores, com funcionalidades próprias. Para comemorar os 80 anos do HSSM, além do caderno que veicula nesta edição, a Folha do Mate estende essa homenagem aos ‘donos’ dessas mãos. Portanto, no último domingo, 19, com autorização da direção, a Folha do Mate passeou pelos corredores do HSSM para identificar essas ‘peças’ fundamentais.
No Pronto Atendimento, por exemplo, os médicos precisam ter a sensibilidade do tato para descobrir o que ‘aflige’ o paciente. Além de ter a responsabilidade sobre a vida. Tão importante quanto, são as mãos dos enfermeiros, que precisam ser habilidosas. Não é fácil achar aquela ‘veinha’ que insiste em se esconder da agulha, seja a da injeção ou da que abriria passagem para o soro.
Assim como as dos enfermeiros, as mãos dos técnicos em enfermagem são fundamentais e multifuncionais. Além de dar suporte ao médico, elas auxiliam uma cirurgia, preparam os materiais cirúrgicos, esterilizam equipamentos. Além do tato bem desenvolvido, eles – enfermeiros e técnicos – têm o poder de ouvir. “Alguns pacientes são muito carentes”, diz a técnica de enfermagem, Daiane Baierle. “Por isso, adoram conversar”, acrescenta a colega Michele Santos. “E, nosso maior desafio é compreendê-los”, observa a também técnica, Inácia Iria.
Ainda têm as mãos das cozinheiras. Mais cautelosas, impossíveis. Para que os pacientes sejam bem alimentados, as mãos de dona Agnes Schwengber, 65, precisam ter cautela na hora de temperar a sopa ou a carne do carreteiro. Ainda têm as mãos das faxineiras. Podem até estar calejadas de tanto segurar um esfregão, mas não se importam. Graças àquelas mãos, a sujeirinha, que poderia resultar em uma futura infecção, é eliminada.
Também têm as mãos de um administrador, que, na calculadora, subtraem dificuldades e somam vitórias. As vezes atuam como goleiros que fazem gol. Depois de uma falta na grande área, defendem cada pênalti. Não podemos esquecer das mãos do recepcionista, que, na maioria das vezes, são os que recebem os pacientes e seus familiares. Costumam até acalmá-los. Além de gerenciar quem entra e saí.
80 ANOS DO HSSM:
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