Outra doença que teve um aumento significativo de 2018 para 2019 é a leptospirose. Até este mês, foram 26 casos confirmados da doença transmitida pela urina de roedores. Para se ter ideia do aumento, ao longo de todo ano passado foram 29 casos e um óbito.
Segundo dados divulgados anteriormente pela Folha do Mate, nos últimos dois anos foram registrados mais de 60 casos de leptospirose e três óbitos em Venâncio Aires. Em 2019, já chegam a 63 os casos enviados para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen), em Porto Alegre. No entanto, destes, 24 foram negativos e 13 ainda aguardam resultado.
A técnica enfermagem do setor de Vigilância Epidemiológica, Cristiane de Jesus Ferreira, explica que diferente de anos anteriores, quando a incidência dos casos era maior no interior, agora existem casos também na área urbana. “Acho que isso mudou devido ao acúmulo de lixo que ficou maior e propícia para a proliferação de roedores”, pontua.
De acordo com a profissional da Vigilância Epidemiológica, na maioria das vezes, o diagnóstico da leptospirose demora para ocorrer, pois os sintomas iniciais se confundem com os de um resfriado: dor no corpo, mal estar e dor de cabeça.
ENTENDA
1 A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais infectados, principalmente roedores, pela bactéria leptospira.
2 A contaminação pode ocorrer em qualquer época do ano, mas as chances de contágio são maiores quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria penetra com mais facilidade no organismo.
3 Entre as formas de evitar a proliferação da doença estão manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores.
4 A doença pode levar até 30 dias para se desenvolver, mas, geralmente, os sintomas começam entre o sétimo e o 14º dia após a exposição. Quem teve contato com água potencialmente contaminada e apresentar febre, dor de cabeça, dor no corpo (principalmente nas panturrilhas), vômitos e pele amarelada (em casos mais graves), deve procurar um serviço de saúde.
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde.