Atividades contextualizadas para desmitificar a matemática

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Quando questionada sobre a escolha da docência da Matemática como profissão, Tayná Luiza Henn, 23 anos, tem a resposta na ponta da língua. “Não me vejo fazendo outra coisa que não seja ser professora.”

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateCom exemplos ligados ao dia a dia dos estudantes e exercícios práticos, professora Tayná busca despertar o interesse das turmas pela Matemática
Com exemplos ligados ao dia a dia dos estudantes e exercícios práticos, professora Tayná busca despertar o interesse das turmas pela Matemática

Se a idade e o tempo de trajetória ainda são poucos, o tamanho do amor pela profissão e a certeza de que pode fazer a diferença na educação são inversamente proporcionais. “A maioria dos jovens não tem interesse em ser professor, mas eu sempre tive esse sonho. Muitas pessoas me diziam para mudar de ideia, mas relutei. Nunca desisti, porque acredito na educação.”

Se, na infância, o pequeno quadro de giz e as brincadeiras de ‘escolinha’ com a prima e os ursinhos de pelúcia alimentaram o sonho pelo magistério, durante o ensino médio, o interesse pela matemática e o desejo de se tornar professora crescerem e encontraram apoio na docente da disciplina. “Quando estava no último ano, tomei coragem e pedi a opinião da professora Cleusa. Sem hesitar, ela me incentivou a ir em busca do meu sonho e disse que acreditava no meu potencial”, conta Tayná.

A afetividade é fundamental para que ocorra a aprendizagem. Antes de julgar o comportamento ou o desempenho dos estudantes, busco compreendê-los através do diálogo, dando a oportunidade de exporem angústias e anseios.”

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Docente do Município desde abril de 2016, Tayná trabalha com turmas de 6º e 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José Duarte de Macedo e aposta em atividades práticas e contextualizadas, para fazer os alunos se envolverem com o ensino. “Muitos estudantes consideram a Matemática uma disciplina difícil e pouco aplicável no seu cotidiano, já têm um bloqueio natural. Nesse contexto, procuro fazer a diferença, ao tentar desmistificar as concepções que os alunos têm a respeito dessa disciplina”, comenta.

Para isso, a professora Tayná troca as explicações prontas e a simples transmissão de conteúdo por atividades nas quais os estudantes possam utilizar seus conhecimentos e relacionar as informações a seu dia a dia: uma receita de cupcake, uma expressão algébrica que permite calcular o número do calçado, um jogo de Bingo das Frações ou até mesmo a maquetes com cômodos da casa confeccionados com embalagens, para trabalhar geometria.

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateTayná:
Tayná: “O objetivo não é homogeneizar a turma, mas, sim, contribuir para a formação dos estudantes, reconhecendo e valorizando suas diferenças”

“Ela une a teoria com a prática, faz os alunos se envolverem, pois apresenta atividades diversificadas. É uma professora sempre disposta, que corre atrás do melhor”, destaca a diretora da escola Macedo, Erica Franck. As ideias também são divulgadas na página ‘Profª. Tayná – Matemática’ no Facebook, para inspirar outros professores e estudantes. “Além de fixar o conteúdo trabalhado em aula, os jogos pedagógicos favorecem as relações interpessoais. Os alunos também são incentivados a levantar hipóteses, a fazer questionamentos e a buscar, junto dos colegas, soluções para as situações desafiadoras que lhes são propostas.”

Perfil

Moradora de Vila Arlindo desde que nasceu, Tayná Luiza Henn cursou licenciatura em Matemática, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Durante o curso, ministrou oficinas na Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Rosário, em Santa Cruz do Sul, pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).

Também foi monitora do Programa Mais Educação na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Pedro Beno Bohn e atuou como professora de Matemática no Colégio Professor José de Oliveira Castilhos, em 2015.Em dezembro do mesmo ano, concluiu a graduação e prestou concurso do Município de Venâncio Aires, sendo nomeada em abril de 2016. Tem pós-graduação em Metodologia do Ensino de Matemática e Física, pelo Centro Universitário Internacional (Uninter).

Série

A Folha do Mate publica, desde a semana passada, série de matérias com os finalistas do prêmio ‘Adiante, professor’. Amanhã, confira a história de Adriane de Camargo, da Escola Estadual de Ensino Médio Crescer. Ela concorre na categoria Ensino médio.

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Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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