Animais que sofreram algum acidente também são recolhidos pela ONG Amigo Bicho, a qual se preocupa com o bem-estar dos mesmos e oferece os cuidados necessários. Entre os casos de cães atropelados, Naís relembra com carinho e emoção a história do filhote Carlos Henrique, hoje, com seis meses. A história, segundo ela, foi uma das mais comoventes. Naís conheceu o filhote em um domingo chuvoso de Páscoa, quando ele foi atropelado na rua Carlos Wagner com a Henrique Vilanova. Motivo pelo qual recebeu o nome de Carlos Henrique.
Após o acidente, algumas pessoas entraram em contato com a ONG em busca de ajuda. O cão foi recolhido, recebeu cuidados e, conforme Naís, descobriu-se que ele tem uma doença sem cura, causada por um vírus, e conhecida como Cinomose, a qual costuma afetar cães mais jovens no primeiro ano de vida ou animais mais velhos. Entre os sintomas, estão tiques nervosos, convulsões e paralisias, entre outros.
A dificuldade de caminhar do animal causada pela doença contribuiu para ocorrer o atropelamento. Após um mês sob cuidados, foi identificado o dono do filhote. “Então perguntamos se o dono queria ficar com ele, mas explicamos que, devido ao acidente, Carlos Henrique havia ficado com sérias sequelas, precisava tomar gardenal e necessitava ser bem cuidado. Ele resolveu colocar para a adoção, pois não tinha condições para cuidar. Nesse caso, vi que ele pensou no bem-estar do animal”, explica.
Não demorou muito, o pequeno Carlos Henrique foi adotado. Hoje, em função da Cinomose, e ainda com sequelas do acidente, ele recebe todo o amor e carinho de Vivi Vedoia. Guerreiro, o pequeno enfrenta as dificuldades diárias, mas não desiste de lutar pela vida.