Dois focos de larvas do mosquito Aedes aegypti foram encontradas ontem, no bairro Aviação, em Venâncio Aires. Foram localizadas em armadilhas instaladas pela equipe da Vigilância Ambiental. A partir da identificação, foi iniciado o processo de delimitação de foco, que compreende um raio de 300 metros a partir do local. Dentro desta área delimitada, os agentes estão realizando inspeções e distribuindo material informativo. O intuito é acabar com possíveis novos focos e informar a população sobre a importância de eliminar todo tipo de material que possa vir a se tornar um depósito de água parada.
Além da vistoria periódica nos pontos estratégicos onde foram colocadas as armadilhas, a Secretaria de Saúde quer fortalecer a disseminação de informações buscando prevenir a dengue, zika e chikungunya. O coordenador da Vigilância Sanitária, Éverton Notti, reforça o apelo para que a comunidade elimine pontos propensos para proliferação das larvas.
A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre pela picada da fêmea do Aedes aegypti. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. O inseto tem, em média, menos de um centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada, que é onde deposita os ovos.Os criadouros são os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. Outra orientação é fazer manutenção dos bebedouros de animais domésticos, em especial dos cachorros, lavando o utensílio com uma esponja.
GOVERNO GAÚCHO ALERTA PARA RISCO DE PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO
A coordenadora da Divisão de Vigilância Ambiental do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Lúcia Mardini, alerta que o calor e as chuvas previstas ao longo deste mês de fevereiro podem aumentar a proliferação do Aedes aegypti no Rio Grande do Sul. “Temos que intensificar os cuidados com o aumento da presença do mosquito, porque o calor acelera o ciclo de vida do inseto”, esclarece.
O mês de janeiro terminou com o registro de 320 municípios infestados pelo mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Um índice alto, considerando a série histórica. Em 2016, ano em que ocorreram mais de dois mil casos autóctones de dengue no estado, foram identificados focos em 210 municípios. Desde então, a cada ano houve um aumento gradativo do número de municípios infestados.
Segundo o técnico do Núcleo de Eventos Ambientais Adversos à Saúde, Mauro Kruter Kotlhar, dois fatores que causam o aumento da proliferação do inseto são o calor e a umidade do ambiente. “A persistência de temperaturas elevadas e chuvas bem distribuídas em todo o estado são condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do Aedes aegypti”, afirma.
CASOS CONFIRMADOS
Quatro são os casos de dengue confirmados que foram contraídos dentro do Rio Grande do Sul, segundo informa a Secretaria Estadual da Saúde. Eles aconteceram em residentes dos municípios de Erval Seco e Marau, na região Norte do estado. Dois outros casos autóctones já haviam sido registrados na região Missioneira, em Panambi e Cândido Godói. Além desses, outros oito casos importados foram confirmados no ano em moradores gaúchos que contraíram a doença em outros estados.
RECOMENDAÇÕES
Tampar caixas d’água, tonéis e latões.Guardar garrafas vazias viradas para baixo.Guardar pneus sob abrigos.Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia.Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises.Manter lixeiras fechadas.Manter piscinas tratadas o ano inteiro.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Febre alta (maior que 38,5° C), de início abrupto e que dura entre dois e sete dias.Dores musculares intensas.Dor ao movimentar os olhos.Mal-estar.Falta de apetite.Dor de cabeça.Manchas vermelhas no corpo.
Dica: Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foto Divulgação/Fiocruz Imagens
ARQUIVO: MOSQUITOLEGENDA: É importante fechar as caixas d’água, tonéis e latões para evitar a proliferação do mosquito
*Com informações das assessorias de imprensa da Prefeitura de Venâncio Aires e Governo do Estado