O sistema de votação pela biometria foi uma novidade para a maioria dos brasileiros nestas eleições. Implementada para dar mais segurança e facilitar a habilitação do voto, a identificação pelas digitais também causou estranheza e dividiu opiniões. Neste caso, o sentimento ambíguo não ignora o fator segurança, mas aponta dificuldades na leitura da digital e a formação de filas, principalmente as registradas no 1º turno, dia 7 de outubro.
Já no 2º turno foi bem diferente, com movimentação tranquila em Venâncio Aires e, mesmo nos maiores colégios eleitorais, não houve formação de filas. Nem mesmo na Escola Zilda de Brito Pereira, onde votam mais de 2.800 pessoas. Não houve demora e o ‘entra e sai’ era constante.
O chefe da 93ª Zona Eleitoral, Eduardo Mosman, classificou como positiva a primeira experiência com biometria em Venâncio. “Índices do TRE apontam que 80,27% dos eleitores do município foram identificados pela biometria. Se considerarmos que foi a primeira vez e as eventuais dificuldades na leitura da digital, é um número significativo.”
IMPRESSÕES
Em Venâncio Aires, mais de 51 mil pessoas estavam aptas votar. O número seria maior, mas 4.155 eleitores não fizeram o recadastramento biométrico e foram impedidas de ir às urnas. Uma delas é a aposentada Hilda Kohls, 76 anos, que foi até a ginásio da Comunidade Santa Rita, no bairro Gressler, mas lá lhe foi dito que não poderia votar porque não fez a biometria. Detalhe é que Hilda tem mais de 70 anos e não era obrigada a ir às urnas. “Não queria deixar de votar, eu sempre votei, acho que a gente tem que participar. Não fui no 1º turno porque estava doente. Agora que vim, não tinha a ‘leitura’ do dedo”, lamentou.