O caderno ‘Ruas Cuidadas, Cidade Melhor’ já apresentou inúmeras histórias marcantes de moradores e como as ruas da Capital do Chimarrão evoluíram nas últimas décadas. Para Antônio Américo Artus, de 78 anos, Olmiro Laggemann, de 89 anos, e Vanda Fürst, de 81 anos, as lembranças estão relacionadas com a rua Visconde do Rio Branco e 1º de Março.
O aposentado Antônio Américo Artus mora há 54 anos na Visconde do Rio Branco, em residência que construiu e viu a rua ganhar paralelepípedo e mercados na proximidade. Segundo ele, os novos comércios instalados no local deixaram a via mais movimentada e com circulação mais intensa de veículos e pessoas. “Ainda assim, é uma rua tranquila, não tenho do que reclamar”, destaca.
Quando se mudou para o local, Artus relembra que, em dias de chuva, o barro tomava conta da via e dificultava o tráfego de carros. “Muitos atolavam ou nem tentavam passar”, diz. Contudo, a instalação do paralelepípedo resolveu este problema, apesar que Artus acredita que ainda poderiam ocorrer melhorias.
Sobre a vizinhança, ele afirma que houve poucas mudanças, apenas melhorias nos vizinhos próximos. “Todo mundo tem uma vida melhor”, comemora. Além disso, as formaturas dos filhos são lembranças marcantes do aposentado na residência.
Já para os aposentados Olmiro e Vanda, a rua 1º de Março traz sensações diferentes. Olmiro Laggeman se mudou após o falecimento de sua esposa, enquanto Vanda mora há 53 anos na mesma residência. Segundo Laggeman – que foi dono de um bar e também taxista – nos 12 anos em que reside junto de Vanda, acompanhou o progresso da rua, marcada pelo movimento com escolinhas na redondeza. “Me sinto muito bem aqui, é uma rua sem violência, com bons vizinhos e tranquila” destaca o aposentado.
O movimento é maior nos horários de pico, principalmente entrada e saída das escolas. Para Laggeman, esta é uma rua que segue evoluindo todos os anos. “Se fosse asfaltada a rua seria ainda melhor. Já foi feito o esgoto aqui na frente, é uma rua que ficaria ainda melhor com o asfalto. Só teria que ter mais cuidado com as crianças”, pontua.
Enquanto que Vanda viu a mudança para o paralelepípedo, a instalação de clínicas médicas, do Sindicato Rural e das inúmeras escolinhas. Em uma delas, chegou a trabalhar por 33 anos, antes de se aposentar. “Alguns vizinhos já faleceram, que eram muito amigos. Temos ótimos vizinhos. Mas sempre foi uma rua tranquila, de noite não tem bagunça, só nos horários das escolinhas que dá mais movimento”, destaca Vanda.
Em meio ao calor de quase 35º C de dezembro, a aposentada brinca, “olha o vento agradável que vem dos fundos da casa, é uma delícia”, comemora.