Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateDona Ilga conta que, sempre quando sai de casa nos dias quentes, não abre mão de levar consigo uma garrafinha de água
Dona Ilga conta que, sempre quando sai de casa nos dias quentes, não abre mão de levar consigo uma garrafinha de água

O calor já tem ‘dado as caras’ na Capital Nacional do Chimarrão não é mesmo? Isso porque embora a estação mais quente do ano comece apenas daqui uma semana, as temperaturas registradas nos últimos dias tiveram uma média de 30ºC. Roupas mais leves são uma das opções para se refrescar, contudo, é preciso, também, ficar de olho nos cuidados com a própria saúde.

Hoje, por exemplo, o dia deve seguir ensolarado. De acordo com o Centro de Informações Hidrometeorológicas da Univates, uma massa de ar seco se instala sobre o Rio Grande do Sul e a mínima é de 17°C e a máxima 29°C. Já nesta quinta-feira, o tempo deve mudar um pouco na parte da manhã, porque a previsão é de que a temperatura seja menor, com o avanço de uma massa de ar frio, a qual deve inibir a formação de nuvens carregadas. No entanto, à tarde deve esquentar de novo, com temperatura mínima de 14°C e máxima também de 29°C. A situação é diferente se comparada à metade norte do país onde deve chover muito nesta semana.

CORPO PEDE áGUADiante dessas mudanças no clima, ou seja, de uma manhã mais fria e calor na parte da tarde, quem pede uma atenção dobrada é o próprio corpo. De acordo com o médico Moacir Ferreira, o essencial para os dias mais quentes é manter uma boa hidratação, o que significa beber bastante líquido, mas não de forma exagerada, porque isso também faz mal. Segundo ele, a quantidade a ser ingerida depende da função renal de cada pessoa, peso e idade. Aquela que trabalha exposta ao ar livre, por exemplo, precisa tomar, no mínimo, três litros de algum líquido por dia.

Dona Ilga Henckes, 70 anos, não abre mão de manter uma boa hidratação. Quando sai de casa, na bolsa, uma garrafinha de água na pode faltar. Além disso, com frequência carrega consigo um leque para se abanar nos dias quentes. Outro cuidado que toma está no uso do protetor solar.

Ilga conta que costuma tomar cerca de três litros de água por dia. “Eu tomo muito suco também e não vivo sem água. Eu suo bastante e preciso repor todo esse líquido perdido”, acrescenta.

O médico Moacir Ferreira ressalta, ainda, que é muito importante respeitar esse mecanismo da sede, ou seja, ao senti-la, a pessoa precisa tomar água. “Mas não pode só dar aquela molhadinha na boca. é preciso tomar realmente um copo ou mais”, comenta.

IDOSOSAinda sobre a hidratação, o médico destaca que, na pessoa idosa, o mecanismo da sede não funciona muito bem, ou seja, ela apresenta menos sede do que a quantidade de líquido que o corpo de fato precisa. Deste modo, é preciso incentivá-la a tomar mais água. “Se depender da sede do idoso, ele é capaz de passar um dia inteiro sem tomar água. Com o calor que está, essa pessoa fica desidratada, fraca, sonolenta e com pressão baixa”, explica.

A dor de garganta, comum também nessa época, ocorre devido à amplitude térmica que mexe com a resistência do organismo, ou seja, o sistema imunitário da pessoa fica debilitado. Em função disso, existe uma maior propensão de se ter infecções, sejam bacterianas ou virais: “Nesse caso, tem que haver aquele cuidado de entrar nos ambientes com ar condicionado, porque ocorre uma mudança brusca de temperatura. Isso o organismo sente e por isso surgem esses resfriados”. O ar condicionado, segundo o profissional, é indicado, desde que esteja em uma temperatura entre 22ºC e 25ºC.

SEXTA-FEIRAConforme o Centro de Informações Hidrometeorológicas da Univates, as condições do tempo para esta sexta-feira não são diferentes das já apresentadas ao longo desta semana. Durante o dia, o sol segue presente, mas a temperatura permanece amena nas primeiras horas. à tarde, no entanto, a mínima é de 15°C e a máxima de 31°C.

Características do verão O verão se inicia daqui a duas semanas e se estende até o dia 20 de março. No Brasil, esta estação tem como característica a elevação da umidade e o maior predomínio das massas de ar vindas do Atlântico Norte e da Amazônia. No verão, uma porção da Terra está mais próxima do sol e isso faz com que os dias sejam mais longos do que as noites. 

Além disso, nesse período existe maior ocorrência de problemas urbanos resultantes da reduzida capacidade das cidades em aguentar a maior carga de pluviosidade. Problemas como erosões e, principalmente, alagamentos e deslizamentos ocorrem, quase sempre, nessa época do ano.