Câncer de mama: prevenção com mamografia e exame de toque

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Este mês, é marcado pela campanha ‘Outubro Rosa’ que objetiva a prevenção dos diferentes tipos de câncer, especialmente, ao de mama. Em Venâncio Aires, a Liga Feminina de Combate ao Câncer é responsável por realizar a iniciativa.

De acordo com a presidente da Liga, Heloísa Bruxel, o exame de toque na mama e a mamografia são as formas principais de prevenção. O assunto é abordado nas palestras que são realizadas nas escolas, entidades e empresas. As palestrantes são as voluntárias da entidade que são da área da saúde, educação, entre outros. “Esses métodos de prevenção são vitais.” Outra forma de auxiliar a comunidade do município, é a disponibilização de 20 mamografias por mês de forma gratuita para as pessoas carentes. Segundo Heloísa, a indicação vem dos médicos dos postos de saúde.

Foto: Divulgação / InternetExame de toque nas mamas é essencial para a prevenção e diagnóstico precoce
Exame de toque nas mamas é essencial para a prevenção e diagnóstico precoce

Atualmente, a Liga Feminina possui 122 cadastros, entre ativos e inativos, de câncer de mama em Venâncio Aires. Segundo Heloísa, esse é o maior número em comparação com os outros tipos da enfermidade atendidos pela entidade. Ela observa que, além das mulheres, os homens também são atingidos pela doença nas mamas. “Sempre que tiver alguma alteração nas mamas, é preciso procurar um médico. Quando detectado logo, o câncer de mama pode ter 98% de cura”, cita Heloísa.

Exames com regularidadeConforme explica a bioquímica Cecília Schonarth, é importante que os exames preventivos sejam realizados com regularidade, pois possibilitam a descoberta da doença ainda em estágio inicial, quando as chances de tratamento e cura são muito maiores. “De modo geral, são realizados por pessoas que buscam avaliar se tudo vai bem com seu organismo até o momento”, relata. “A maioria deles, no entanto, não diz se a pessoa tem câncer ou não, apenas indica se existe algo anormal, que pode ser investigado de maneira mais completa e específica”.

Segundo Cecília, os exames preventivos dependem muito do grupo de risco ao qual a pessoa pertence, além do sexo, faixa etária, hábitos de vida e histórico familiar. “As mulheres devem estar atentas aos exames de prevenção do câncer de mama e colo do útero, com periodicidade que depende da faixa etária a qual pertence”, explica. “Já os homens são aconselhados a realizarem exames preventivos ao câncer de próstata anualmente a partir dos 45 anos, ou conforme orientação médica e existência ou não de casos na família”.

Além disso, a bioquímica ressalta que, no geral, as pessoas devem estar sempre atentas ao seu quadro de saúde, realizando exames que mostram o estado de funcionamento do organismo e adotando hábitos saudáveis. “Vale lembrar que câncer está muito relacionado à predisposição genética, então deve-se observar os casos e a frequência ocorrida na família, de forma a direcionar a atenção”, acrescenta Cecília. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), os tipos de câncer com maior incidência na população brasileira são os de pele, próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.

“Prevenir é viver”,Heloísa Bruxel, presidente da Liga de Combate ao Câncer

 

“Depois que superei o câncer não tenho mais medo de nada”

Há 13 anos, Andréia Lúcia Schmidt descobriu que estava com câncer de mama. Na época, tinha 27 anos. Durante o banho, fez o exame de toque no seio direito e percebeu um nódulo muito pequeno. Como ficou preocupada e com medo que pudesse ser a doença, não foi ao médico. Depois de quase um ano, em virtude das dores que começou a sentir e do aumento do nódulo foi consultar. “Eu não conseguia mais dormir e nem trabalhar de dor. Doía tanto que não tinha mais medo de ouvir que estava com câncer.”

A partir daí, os exames mostraram que o caroço era do tamanho de uma pedra que cabia na palma da mão. Andréia passou por quimioterapia e teve que retirar a mama atingida. O tempo total de tratamento foi de cinco anos. Depois, colocou prótese. Durante o tratamento, veio uma benção, pois descobriu que estava grávida. Hoje, o filho está com 11 anos. “Ele nasceu saudável e está bem. Meu filho é tudo para mim.” Após passar pela doença, Andréia orienta as pessoas a fazerem o exame preventivo. “As pessoas me perguntam muito sobre isso, pois sabem que eu superei. Depois que passei por isso, não tenho mais medo de nada. As pessoas precisam ter força e fé para superar.”

 

 

    

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