Estradas de todos os distritos do interior de Venâncio Aires estão recebendo melhorias. Um relatório solicitado pela Folha do Mate lista 41 localidades que receberam obras de manutenção das vias nas últimas semanas. Os trabalhos são executados pelas oito capatazias, que são estruturas ligadas à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp).
Segundo o prefeito Jarbas da Rosa, além da manutenção rotineira de todas as estradas do interior, a Prefeitura está investindo na recuperação, o que inclui a realização da limpeza de valetas e colocação de material em toda a extensão dos trechos recuperados. “Um trabalho igual foi realizado somente na década de 70 e 80, conforme relatos de moradores”, destaca o chefe do Executivo.
Conforme o coordenador das capatazias do município, William Felipe da Silva, um dos focos do trabalho é a estrada que liga as localidades de Linha Brasil e Cecília. Segundo ele, esta é uma das vias mais críticas do interior do município. “É um trabalho bem abrangente que estamos fazendo neste local. Quem passa por ali, sabe que há muitos e muitos anos ela está sem receber material. Ela chegou em um ponto que nem patrolar a gente conseguia, tamanho o desgaste da estrada”, observa.
Segundo William, a Prefeitura está realizando a recomposição total da base desta estrada, desde a ponte próximo ao salão Ruppenthal até a área central de Linha Cecília. “Cerca de 70% desta recuperação está concluída. Acredito que até agora mais de 130 cargas de material foram colocadas em toda extensão da via. Estamos colocando material e compactando com rolo”, explica.
O responsável pelas capatazias também destaca os trabalhos feitos recentemente na estrada de Linha 17 de Junho. Nesta localidade, foi realizada desde a limpeza de valetas à colocação de rejeito asfáltico e brita.
Meta
Além das manutenções periódicas que são feitas, o coordenador das capatazias anuncia a meta de executar três grandes frentes de trabalho no interior, nos próximos meses. Uma delas no trecho entre Palanque e Linha Herval, a segunda na estrada geral de Linha Tangerinas e a terceira na estrada geral de Cerro dos Bois, abrangendo a localidade de Campo Grande. “É importante observar que estas melhorias dependem do clima. São serviços grandes, não será um simples patrolamento, nem algo paliativo. Queremos uma solução para que essa manutenção dure mais na estrada”, salienta.
De acordo com o coordenador das capatazias, calcula-se que em cada uma destas regiões serão necessárias em torno de 50 a 70 cargas de brita para fazer o trabalho projetado. “Vamos deslocar uma grande equipe para essas localidades, vai ser uma região de cada vez. Teremos que fazer uma grande limpeza de valetas e precisaremos de dias de sol para produzir a brita necessária. Esperamos que o tempo colabore”, afirma.
A projeção é realizar a recuperação destas três estradas ainda no inverno. Caso não seja possível, o trabalho será feito na primavera. “Será um trabalho bem abrangente, a exemplo do que já fizemos em outras localidades”, completa William.
Localidades que receberam as melhorias nas últimas semanas
Vila Mariante –Santa Mônica, Picada Mariante, Linha Mangueirão e Estrada Velha.
Vila Deodoro – Marmeleiro, Picada Pinus, Julieta, Linha América, Leonor e Cachoeira Alta.
Vila Santa Emília – Estrada geral sentindo Santa Emília/ São Miguel, São Pedro, Monte Belo, 17 de Junho e Linha Brasil/ Cecília.
Centro Linha Brasil – Linha Antão, Picada Revólver, Saraiva, Julieta e Arroio Grande.
Vila Palanque – A capatazia trabalhou nos últimos dias com foco nos acessos a propriedades e reparos localizados em vários pontos do distrito como a Sede, Linha Herval e Grão-Pará.
Vila Arlindo – Tangerinas, Travessa João Kroth, Barbosa, Santa Eugênia, Linha Araçá e Estrada Velha.
Vila Teresinha – Estrada geral de Santana, Andréas, Alto Sampaio, Sexto Regimento e Teresinha.
Vila Estância Nova – São José, Cerrito, São João, Cerro dos Narcisos e Picada Nova.
Moradora satisfeita com a melhoria
Por Alvaro Pegoraro
“Agora a estrada está boa, está diferente. Antes quando passava uma patrola, na próxima chuva a buraqueira voltava.” O depoimento desta moradora de Linha Cecília, que reside lá desde 1982, mostra que o material usado na estrada que liga Linha Brasil a Linha Cecília, fez a diferença.
A agricultora, que pediu para não ser identificada, disse que a estrada nunca esteve totalmente abandonada e não se podia dizer que era um atoleiro. “Mas agora, com este material que foi colocado, acho que os buracos não voltam”. Ontem à tarde a reportagem da Folha do Mate percorreu o trecho entre Linha Brasil e Linha Cecília e comprovou o que o coordenador afirmou, de que o trecho está 70% concluído.