Para facilitar a rotina de entregadores e a localização de pessoas vindas de outros lugares, moradores de Linha Picada Mariante se reuniram e buscaram o apoio da Administração Municipal em 2003. Na época, propuseram aos vereadores a colocação de placas nas estradas da comunidade. Os moradores definiram os nomes das estradas que cortam a localidade a partir de nomes dos primeiros moradores e de algumas coisas que remetiam a respectiva estrada (Gomes Pereira, Carlos Areia, Estrada Samambaia, Estrada das Paineiras, Estrada Velha, Getúlio Vargas).
No total foram colocadas cerca de 10 placas que são cuidadas pelos moradores. “Sempre as limpamos, cortamos o mato que cresce ao redor e agora está quase na hora de repintá-las de novo”, destaca Manuel Fernando Silva, que, junto com a esposa Sirlei Ribeiro da Silva integrou o grupo que se mobilizou na época.
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O casal, que mora quase na esquina da Estrada das Paineiras com a Estrada Carlos Areia explica a necessidade da identificação das estradas e as dificuldades enfrentadas antes de serem nomeadas. “Todos chegavam aqui em casa e perguntavam para nós, nossa casa sempre era ponto de referência, tinha dias que dava em torno de 10 pessoas parando e perguntando, eram entregadores, táxis”, lembra Sirlei, que afirma que tudo mudou depois da colocação das placas. “Foi muito bom para nós. A pessoa hoje vai comprar alguma coisa e já coloca o nome certo do local onde mora e os entregadores vem tranquilo, hoje é difícil alguém chegar na nossa casa para pedir informação.
A ideia surgiu numa roda de conversa com o vizinho, que havia morado boa parte de sua vida em Porto Alegre, onde a realidade era outra. “Ele disse, se lá é tudo bem identificado, porque no interior também não podem ter placas. Então nós fomos os pioneiros no interior, lugar nenhum tinha.”
