O Ministério da Saúde divulgou, nesta semana, que os casos de dengue registrados no país este ano, até a metade de novembro, ultrapassaram 1,5 milhão, o que representa um aumento de 176% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve ainda aumento de 104% nos casos graves de dengue e de 79% no número de mortes na comparação com os dados de 2014.
Em Venâncio Aires, não há registros da doença, mas a agente de endemias Simone Geller reforça a importância da adoção de medidas preventivas. No decorrer do ano, em março, lembra que houve a descoberta de um foco com larvas do mosquito ‘Aedes aegypti’ em uma das 74 armadilhas dispostas pela Prefeitura em 39 pontos estratégicos do município, o que motivou vistorias e a aplicação de veneno.
“é preciso manter o ambiente domiciliar limpo, livre de entulhos e água parada. Se cada um cuidar do seu espaço será um grande passo dado.” Simone destaca a importância das denúncias, que têm crescido e podem ser realizadas pelo telefone 3983-1053 por qualquer cidadão que identificar um possível foco com larvas do mosquito.
Na semana passada, mas no Centro de Santa Cruz do Sul, também foi encontrada uma larva do mosquito ‘Aedes aegypti’, que motivou trabalho de erradicação num raio de 300 metros em volta do local.
MOBILIZAçãO DA SOCIEDADE
Durante a apresentação dos números na terça-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, pediu a mobilização da sociedade e dos agentes públicos para evitar a proliferação do mosquito ‘Aedes aegypti’. Ele lembrou que o mosquito agora transmite também a febre chikungunya e o vírus Zika.
Marcelo Castro alertou que as regiões do país têm peculiaridades quanto ao criadouro do mosquito e que é preciso ficar atento a essas características. No Nordeste, por exemplo, ele exemplificou que as pessoas armazenam água em função da seca e essa acaba sendo uma fonte para a proliferação.
“Ou a sociedade brasileira se envolve, se mobiliza para combater o ‘Aedes aegypti’ ou nós não seremos vitoriosos. O momento que estamos vivendo é muito grave”, disse o ministro.
O estado de Goiás registra a maior incidência de dengue com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo com 1.615 casos por 100 mil habitantes. A Região Sudeste concentra 63% dos casos (975.505). As demais regiões têm os seguintes números: Nordeste (278.945), Centro-Oeste (198.555), Sul (51.784) e Norte (30.143).
Os locais de armazenamento de água, como tonel e caixa d’água, foram identificados pelo levantamento como o principal criadouro do mosquito na região Nordeste. No Sudeste e Centro-Oeste foram os vasos de plantas e garrafas e no Sul e Norte o lixo foi o local com maior número de focos encontrados.
* Com informações da Agência Brasil