Um projeto pensado em 1977 vai sair da gaveta e chegar às mãos do público na próxima semana. Trata-se do livro “Venâncio Aires Buscando Raízes”, idealizado por Yolita da Cruz Portella e organizado pela sua filha, Maria Zulmira Portella de Moura. O material concretizou-se através da Associação dos Amigos do Centro Municipal de Cultura (AA Cemuc), com aprovação da Secretaria Estadual da Cultura e financiamento do Fundo de Amparo à Cultura (FAC). O lançamento ocorre na terça-feira, 3, às 17 horas, durante a PROGRAMAÇÃO da 14ª Feira do Livro.
Norma Barden, representante do Cemuc, comenta: “A ideia do livro surgiu em 1977, quando Yolita, descendente dos primeiros donatários das terras onde hoje localiza-se Venâncio Aires, realizou uma pesquisa documental sobre a história da família”. Ela explica que Maria Zulmira, coordenadora do Departamento de Cultura do Cemuc, retomou o projeto com novos dados, entrevistas e revisão geral do material. A iniciativa contou com participação de Jair Pereira e Gislene Manganelli.
Maria Zulmira afirma que teve diversas motivações para realizar o trabalho: “Muitas foram as razões que me levaram a escrever o livro. Uma delas foi a necessidade de termos um referencial fidedigno baseado em fatos, registros da história dos primeiros colonizadores, povoadores deste chão, os portugueses e africanos que influenciaram a cultura e a formação da sociedade venâncio-airense”.
Ela acrescenta: “Outro motivo foi o pedido que minha mãe me fez para que eu escrevesse esta história e assim pudesse resgatar o patrimônio da família Fagundes da Cruz. A pesquisa contou com contribuições do padre Walter Giehl e dela, que é trisneta de Brígida Joaquina do Nascimento, protagonista da nossa história”.
Sobre o conteúdo do livro, a autora destaca: “A história da cidade gira em torno do amor, da fé e da bondade de uma mãe. O que sabemos e foi comprovado é que os filhos de Dona Brígida voltaram salvos da Revolução Farroupilha. Assim, ela realizou o sonho de ter uma capela em homenagem ao santo de sua devoção, em agradecimento pela graça recebida. Talvez este tenha sido o primeiro dos muitos milagres em nossa cidade que São Sebastião Mártir tenha feito”.
Norma salienta que o livro não será comercializado. “A obra vai ser disponibilizada gratuitamente para todas as bibliotecas públicas e escolares do município e de outras cidades interessadas.” O projeto gráfico foi desenvolvido pela agência TraçoD.
Foto: Daniel Storch/ TraçoD