“Queremos uma melhora muito sensível no conforto da rodovia”, afirma o presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Nelson Lidio Nunes, ao confirmar a recuperação de quase metade da RSC-287. De acordo com ele, as melhorias serão feitas entre o quilômetro 28, situado em Tabaí, e o 125, próximo ao trevo de Vale do Sol.
O orçamento previsto para a obra de manutenção é de cerca de R$ 12 milhões, oriundos de recursos próprios da EGR. O trecho a ser recuperado compreenderá 97 quilômetros da RSC-287, que vai de Tabaí até Vale do Sol e que passa por Venâncio Aires e pela vizinha Santa Cruz do Sul, além de outros municípios da região.
A empresa responsável pelo trabalho de manutenção será a Coesul, de Porto Alegre. De acordo com Nunes, a recuperação da 287 ocorrerá dentro do período máximo de dois anos, prazo de vigência do contrato com a construtura. De acordo com ele, não há local específico para a obra começar. “O início será onde a rodovia estiver mais degradada. Tem trechos que merecem uma atenção especial. Então vamos começar por eles”, cita. Em Venâncio Aires, o ponto mais crítico da RSC-287 está localizado na região de Vila Mariante.
Para o prefeito Giovane Wickert o anúncio feito pela EGR é visto de forma positiva, apesar de, na opinião dele, não resolver o problema do fluxo na rodovia, que é muito grande entre Santa Maria e Porto Alegre. “A única coisa que pode mudar a rotina da nossa região e dar um ‘up’ no desenvolvimento regional é a duplicação da rodovia, porque isso vem emperrando muito o crescimento na região do Vale do Rio Pardo.”
De acordo com ele, há horas com muito pico, congestionamento e dificuldade em ultrapassagem. “Nossa expectativa é que se avance no novo modelo de concessão da 287 com duplicação.”
CONTRATO
De acordo com Nunes não há uma data definida para a empresa começar a atuar na rodovia. Entretanto isso deve ocorrer o mais breve possível, após a assinatura do contrato, que está prevista para quinta-feira, durante solenidade na Prefeitura de Santa Cruz do Sul. A presença do secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen, esta confirmada para o ato.
FORMAS DE RECUPERAÇÃO:
• O presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, explica que a forma de recuperação da rodovia irá depender das condições de cada trecho. Em alguns, por exemplo, serão feitas intervenções profundas, nas quais é necessário ‘abrir’ a estrada e ‘mexer’ nas camadas do interior. Em outros, é necessário apenas o serviço de tapar buracos, com pequenas intervenções na rodovia.
• Em outros locais, Nunes observa, que torna-se necessário a colocação de micro-asfalto – camada colocada acima da pavimentação já existente – ou a intervenção com fresagem, na qual é retirada parte do material para depois recolocar camadas de CBUQ – tipo de revestimento asfáltico mais usado nas vias urbanas e rodovias brasileiras.