Check up: como manter a saúde do seu coração

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Foto: Divulgação / DivulgaçãoHomens com mais de 40 anos e mulheres com mais de 45 anos – ou menos, em caso de fatores genéticos – devem se submeter a acompanhamentos cardiovasculares
Homens com mais de 40 anos e mulheres com mais de 45 anos – ou menos, em caso de fatores genéticos – devem se submeter a acompanhamentos cardiovasculares

Manter a saúde em dia é um compromisso diário com o corpo e a mente. Em alguns casos, a saúde pode estar relacionada aos fatores genéticos, porém, há vários aspectos que também podem intervir. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças cardiovasculares (como ataques cardíacos e derrames).

Para amenizar esta situação, é necessário realizar acompanhamentos frequentes, e redobrar a atenção em casos de riscos, facilitando assim, a prevenção de patologias ou detecção de doenças que podem ser diagnosticadas no estágio inicial. De acordo com o médico cardiologista e professor da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Cezar Van Der Sand, o check up é realizado com o objetivo de fazer o diagnóstico precoce de alguma patologia cardiovascular, ou para orientação em relação aos riscos desencadeados pelo estilo de vida, fatores genéticos, entre outros.

O médico cardiologista e professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), James Fracasso, concorda. “Muitas vezes, apenas relatando dados sobre a alimentação, atividade física, história familiar de problemas de saúde, o médico já possui elementos para orientar mudanças de estilo de vida fundamentais para reduzir a incidência de doenças”, afirma. 

A consulta médica previne e identifica, portanto, os fatores que desencadeiam as doenças. Por isso, deve ser realizada com frequência, facilitando o tratamento. Nesse contexto, a realização de exames independem da idade: o que vai interferir é a quantidade de fatores de risco que a pessoa está exposta para desenvolver as doenças cardiovasculares. Porém, a partir dos 40 anos, a atenção com a saúde deve ser redobrada. “O check up deve ser realizado a partir dos 40 anos se a pessoa não apresentar história familiar de hipertensão arterial, diabete melitus ou infarto do miocárdio”, considera Van Der Sand. Independente da idade, sempre que for detectado algum sintoma como dor no peito, cansaço excessivo e palpitações, é aconselhável fazer um acompanhamento médico.

Segundo Fracasso, homens com 40 anos e mulheres com 45 anos já deveriam ter se submetido a consultas de rotina e, provavelmente, a exames para detecção de aterosclerose (entupimento de artérias). Mas essa idade pode ser reduzida no caso de problemas concomitantes, como sedentarismo, história familiar de infarto ou derrame, diabetes, tabagismo, dislipidemias, estresse, entre outros.

Fatores ambientais e comportamentais

Quando as doenças não estão relacionadas aos fatores genéticos, em alguns casos, é preciso realizar uma reeducação dos hábitos, já que as doenças cardiovasculares também podem estar relacionadas à qualidade de vida e à saúde mental. “O estresse, o sedentarismo, a alimentação inadequada (com muitos doces, farináceos, frituras e produtos industrializados), o tabagismo e a obesidade são todos fatores relacionados com o surgimento ou atuam na progressão rápida da doença aterosclerótica (acumulo de placas nas artérias) e da hipertensão arterial”, afirma Fracasso. Posteriormente, segundo o médico, esses fatores contribuem para o aumento da chance de infarto e acidente vascular cerebral isquêmico, que são duas das doenças que mais matam no mundo inteiro.

O médico cardiologista Cezar Van Der Sand salienta, ainda, que os fatores genéticos para as doenças cardiológicas não podem ser ignorados, como doença paterna com menos de 55 anos, ou materna com menos de 65 anos, hipertensão arterial, diabete melitus, sedentarismo, tabagismo, colesterol elevado e obesidade. “Desses, o tabagismo é o principal fator ambiental modificável para infarto do miocárdio”, concluiu o especialista.

Hipertensão atinge 25% da população brasileira

Algumas doenças atingem com mais frequência a população e merecem um cuidado redobrado. A hipertensão arterial, por exemplo, alcança em torno de 25% da população adulta brasileira, sendo mais frequente em idosos. “Aos 70 anos, até 60% da população apresenta hipertensão arterial”, afirma o médico cardiologista e professor da Univates, Cezar Van Der Sand.O tratamento, nesses casos, é feito com medicamentos de uso contínuo, controle do peso e atividade física. O médico cita, ainda, a cardiopatia isquêmica (infarto do miocárdio, angina), arritmias, e insuficiência cardíaca como outras doenças que, embora sejam menos frequentes, apresentam gravidade e tem tratamentos específicos para cada caso.

Exames

As principais doenças que atingem o coração podem ser identificadas, justamente, por meio de avaliações e exames. Conforme Cezar Van Der Sand, a avaliação cardiológica básica é realizada pela história clinica, exame físico, eletrocardiograma de repouso, e se necessário, teste ergométrico e ecocacardiografia. “Outros exames cardiológicos são necessários conforme a sintomatologia alegada e a doença suspeita”, explica.

Já que índices da incidência de infarto e derrame são bastante elevados, o cardiologista e professor da Unisc, James Fracasso, salienta que deve-se realizar aferição da pressão arterial em todas as consultas. “O eletrocardiograma, o teste ergométrico, o ecocardiograma e o Ecodoppler de carótidas ou aorta abdominal (estes para pesquisa das placas de gordura nos vasos) são exames importantes do arsenal diagnóstico em cardiologia, embora não devam ser realizados de rotina, seu médico saberá quando solicitá-los”, destaca. Estes podem ser complementados com exames de laboratório como colesterol e suas frações, glicemia, função renal, entre outros.

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