Durante coletiva de imprensa realizada na Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, na Suíça, a chefe do secretariado, a brasileira Vera Costa e Silva falou da necessidade do Brasil avançar na diversificação, com o incentivo a novas culturas agrícolas.
Na presença dos jornalistas brasileiros, da região Sul do país, Vera reafirmou que a Conferência apoia o produtor de tabaco e citou os debates relacionados aos artigos 17 e 18, que tratam especificamente sobre alternativas economicamente viáveis e sustentáveis. “Quem é contra o produtor é a indústria do tabaco, que não paga direito o produtor, que não classifica a folha direito, que usa agrotóxicos, que não protege os plantadores das doenças relacionadas”, frisou.Questionada sobre alternativas que contribuam para a diversificação eficaz e acelerada das culturas, especialmente no Brasil, Vera citou a mobilização da delegação do Brasil, que vai apresentar projeto de decisão durante a COP 8, visando uma cooperação mais efetiva dos países participantes neste tema.Também citou o trabalho que está sendo desenvolvido pelas Nações Unidas para o Desenvolvimento, que tem o objetivo de criar bônus sociais para garantir o suporte aos produtores no processo de diversificação.
NOVOS PRODUTOSAo comentar sobre os novos produtos de tabaco, como cigarros eletrônicos e vaporizadores, Vera Costa e Silva foi taxativa: “A recomendação da COP é para que os países regulamentem ou proíbam estes produtos.”Proibidos de serem produzidos e comercializados no Brasil, os novos produtos de tabaco também serão discutidos durante a Conferência. Para a chefe do secretariado, além de caros, os novos produtos podem contribuir com aumento de jovens fumantes. Ela sugere cautela das discussões. “É preciso ter muito cuidado para saber como isso impactaria no Brasil.”
Segundo o secretariado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, as doenças relativas ao cigarro matam 7 milhões de pessoas durante o ano, no mundo.