O sinal de alerta está ligado. A estiagem continua em todo o Rio Grande do Sul, com fortes reflexos no setor primário e, agora, também no abastecimento de água, tanto para pessoas como animais. As associações hídricas que atendem a população de Mato Leitão (perímetro urbano e interior) solicitam bom senso no consumo de água.
A Associação Duque de Caxias já enfrenta problemas para atender quase 500 famílias na região de Santo Antônio, Loteamento Amizade, Linha Dresch e Palanque Pequeno. “Temos três poços ativos, mas em alguns dias a captação falha, ocasionando problemas no abastecimento. Já estamos pensando em perfurar mais um poço”, disse o tesoureiro Albino Potter.
Outra associação em alerta é a São José, que atende a região de Vila Arroio Bonito. Gilnei Lenhart informa que os dois poços artesianos estão enfraquecendo e o risco de faltar água é muito grande. A entidade abastece mais de 200 famílias. A Asagua, responsável pelo perímetro urbano – mais de 850 economias -, também alerta para o uso racional. “Estamos pedindo para a população economizar. O abastecimento está normal, por enquanto, mas não podemos esperar faltar pra fechar a torneira”, disse Elstor Heinen.
ANIMAIS
Desde o fim do ano passado, as secretarias de Obras e Agricultura estão atendendo pedidos para ampliações e construção de novos reservatórios de água em propriedades, para hidratação dos animais. Produtores tentam amenizar a situação buscando água em córregos e arroios, especialmente o Sampaio. Outros, como o arroio Bonito, já está completamente seco em diversos trechos.
EMERGÊNCIA
Em janeiro, o prefeito Carlos Alberto Bohn assinou Decreto de Emergência por conta da estiagem. Na agricultura, os prejuízos superam R$ 10 milhões, com problemas em várias culturas, especialmente milho, soja e pastagens. O Governo do Estado, até o momento, não homologou o decreto municipal.
Associações hídricas
• Asagua (perímetro urbano); Duque de Caxias; Santo Antônio; São José (Arroio Bonito); Aurora (Sampaio Baixo) e Travessão Boa Esperança Alta.
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