‘Cinquenta tons de cinza’: o best-seller
é normal frequentar locais e ver pessoas com algum livro em mãos, usando do tempo livre para fazer uma viagem sem precisar fazer as malas e sair para outro local. Eles nos levam a conhecer pessoas (personagens) e, na maior parte das vezes, os livros tornam-se o assunto no grupinho da escola, da faculdade, com o pessoal do futebol e vizinhos. E o que dizer então do best-seller ‘Cinquenta tons de cinza’?O novo ano já entrou no embalo da trilogia que já vendeu mais de 300 mil exemplares no Brasil. Foi o livro mais vendido do ano passado no país e é o mais comentado do momento. Em Venâncio Aires a procura pelos livros foi tão grande que uma livraria do centro providenciou uma lista de espera, até que a nova leva chegasse.
Os livros da autora britânica Erika Leonard James são atualmente a ‘febreÂ’ entre o público feminino. O primeiro volume da trilogia – ‘Cinquenta tons de cinza’ – conta a história de quando “Anastasia Steele entrevista um jovem empresário, Christian Grey, e acaba por descobrir nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja”.
O primeiro volume está pela 22ª semana no topo dos mais vendidos; o segundo volume, ‘Cinquenta tons mais escuros’, pela 15ª; e o último, ‘Cinquenta tons de liberdade’, pela 7ª semana seguida.
Para a universitária Tamara Wermuth, 20 anos, a trilogia de ‘Cinquenta tons de cinza’ “é uma literatura de entretenimento, de conteúdo adulto, mas que faz ‘viajar’ em uma história de amor um pouco diferente do normal. é uma história romântica e totalmente viciante. Vale a pena ler ”, afirma.
Já para a psicóloga Susan Artus Dettenborn, “a trilogia pode ser entendida por diferentes pontos de vista e relacionados pelo momento em que o leitor está para realizar esta leitura. Não me ative ao erotismo que o livro permeia e descreve, mas a história dos personagens que me fizeram imaginar cada frase, cada possível cena e refletir sobre a necessidade de desprendimento de nossas verdades, medos e vontades, que por vezes é necessária em algumas relações. Em momentos a leitura pode ser perturbadora, pois apresenta situações que não costumam ser corriqueiras no dia a dia das pessoas. Com um olhar mais leve sobre a leitura, acredito que seja possível perceber uma história bonita, romântica e que alimenta a imaginação dos leitores”, ressalta.
Para a estudante Evélin Etges, 16 anos, “o livro é aquele do tipo que você quer sempre ler mais um capítulo antes de ir dormir”, observa. A auxiliar de escritório Ariana dos Santos, 30 anos, esta no final do último livro da trilogia e, por isso, conta que “a trilogia é maravilhosa, ao contrário do que muitos pensam ou falam sobre o tema abordado, depreciando, mas tem uma história, um roteiro muito surpreendente” enfatiza.