Clima traz dificuldades às culturas de inverno

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Foto: Edemar Etges / Folha do MateEstimativas da Emater/RS-Ascar apontam para uma área de 200 hectares no município
Estimativas da Emater/RS-Ascar apontam para uma área de 200 hectares no município

A alta umidade do solo não permitiu um avanço significativo no plantio da safra de trigo 2014 na última semana no Rio Grande do Sul, como aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira, 12.

A semeadura apresenta, até o momento, um atraso de 17% em relação à média observada no mesmo período nos últimos cinco anos, o que já desperta a preocupação em produtores de todas as regiões produtoras do Rio Grande do Sul, que veem o encurtamento da janela de plantio recomendada pelo zoneamento agrícola.

Nas zonas onde o plantio do trigo pode ser estendido até fins de julho, os produtores continuam com os trabalhos prévios ao plantio, como dessecação das áreas e regulagem de máquinas. Nas áreas onde foi possível a implantação em condições adequadas, há boa emergência e desenvolvimento inicial satisfatório do cereal.

Informações oriundas de 212 municípios gaúchos, o que representa 83,37% da área total com trigo no Estado, indicam que haverá incremento de 8,89% na área semeada com relação à safra passada, ficando em 1.153.223 hectares, contra 1.059.097 hectares da safra 2013.

O levantamento indica que a produtividade e a produção serão menores quando comparadas aos resultados do ano passado. O rendimento médio, em âmbito estadual, foi estimado em 2.735 quilos por hectare, projetando uma produção total de 3,154 milhões de toneladas para o Estado. Na safra de trigo 2013, considerada a maior já colhida pelo Estado, foram produzidos 3.350.841 toneladas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

Conforme o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, a ampliação da área cultivada com trigo pode ser explicada pela boa capitalização dos produtores – que colheram duas excelentes safras de verão, sendo a última histórica para o Estado – e pelo incremento tecnológico empregado na cultura ano a ano.

Para Paulus, tendo em vista a possível ocorrência do fenômeno El Niño, o que significa, para a região Sul do Brasil, um aumento no volume de chuvas entre os meses de outubro e fevereiro, é necessário ter cautela neste primeiro momento. “O trigo não tolera muita chuva, principalmente quando se encontra na fase de floração”, esclarece.

*Com informações da AI da Emater/RS-Ascar

    

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