Comandante da 3ª Companhia da Brigada Militar de Venâncio Aires, a capitão Michele da Silva Vargas salienta que, do total de casos envolvendo pedidos de medidas protetivas, boa parte está relacionada a mulheres que vivem no interior do município. “Talvez tenhamos um percentual próximo de 40%”, estima a oficial.
Michele comenta que a BM já trabalha para traçar o perfil das vítimas e implementar ações para combater a violência. “Estamos levantando dados como idade, condições econômicas e nível de escolaridade. Já verificamos, por exemplo, que algumas mulheres trocam de companheiros e acabam sendo novamente vítimas de agressão.
A partir da vinda de novos soldados, acreditamos que será possível manter equipe exclusiva para a fiscalização das medidas protetivas”, argumenta. Michele revela a intenção de conversar com os órgãos da rede de proteção às mulheres para que seja garantida a reestruturação do Conselho Municipal da Mulher.
Durante a semana, ela, vereadoras e a secretária de Planejamento e Urbanismo, Jalila Stahl Böhm Heinemann, estiveram em Santa Cruz do Sul buscando informações para o fortalecimento da rede de atenção. “Queremos atacar a causa e expandir as ações acerca de um tema tão relevante. A juíza Lísia Dall Ostro, que deixou a Comarca de Venâncio Aires, sempre foi uma boa parceira e esperamos continuar com o apoio do Judiciário”, afirma a comandante.
“A violência doméstica não afeta apenas a mulher, mas toda a família. Uma criança ou jovem que vê a mãe ser agredida e nada pode fazer para protegê-la, cresce tomado por um sentimento horrível.”MICHELE DA SILVA VARGASComandante da 3ª Companhia da Brigada Militar de Venâncio Aires
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