Após 12 anos, o Censo Demográfico, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está de volta. Desde a última segunda-feira, 1º, e até, no máximo, três meses, os recenseadores – profissionais que realizam a pesquisa – estarão nas ruas para obter informações e realizar entrevistas para determinar as características detalhadas da população brasileira.
Na tarde dessa terça-feira, 2, a reportagem da Folha do Mate acompanhou a rotina do recenseador João Carlos Dresch, 63 anos, e da agente supervisora Luci Blanco Strohschoen, 55 anos. É a primeira vez que Dresch atua como recenseador. Segundo ele, a primeira adaptação é com o Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) – smartphone para coleta de dados onde são inseridas todas as informações. “Não é tão simples, estou ‘brigando’ com ele nesse começo”, relata. Luci já havia sido participado da pesquisa anteriormente, contudo, na época, a coleta dos dados não era feita de forma digital. “Eram pilhas e pilhas de papel”, brinca.
Vestidos com o colete do IBGE e com crachá onde constam o nome, a matrícula e a foto; com a bolsa do instituto; mapa para orientação e o aparelho móvel; os profissionais percorrem as ruas do município, sempre pelo lado direito da via.
Dresch relata que é necessário cuidado na primeira interação com os moradores e que é preciso acatar algumas decisões, como o adiamento por conta do tempo do entrevistado. “Na terça-feira pela manhã, bati em uma porta e o morador já olhou torto, mas brinquei com ele: ‘fica feliz, será o meu primeiro entrevistado’, e tudo deu certo”, comemora.
Por outro lado, em casos nos quais os moradores não estão em casa, Luci detalha que é necessário, ao menos, quatro visitas ao local para este não ser creditado no levantamento. “Não tem a necessidade de entrar na residência, mas é preciso ir três vezes ao local até poder dar baixa”, explica. “Vamos de porta em porta, caso não tenha ninguém em casa anotamos e voltamos em outro momento”, detalha.
Questionário
Não há a necessidade de o recenseador entrar na casa, desde que consiga conversar com o morador. Ao ser atendido, a primeira questão levantada será sobre a quantidade de moradores na residência – seja apartamento ou casa. Posteriormente, as perguntas são individuais. O recenseador questionará sobre nome, sexo, data de nascimento, cor da pele, alfabetismo e salário – incluindo todas as formas de recebimento.
Para além disso, será perguntado sobre o abastecimento de água do local, esgoto e recolhimento do lixo. Os dados são exclusivos para a pesquisa do IBGE, não sendo disponibilizados em nenhum outro local de forma particular, apenas as informações gerais da população.
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é o número de recenseadores que atuam em Venâncio Aires.
Em caso de dúvida, o cidadão pode conferir a identidade do profissional por meio do site respondendo.ibge.gov.br ou pelo telefone 0800-721-8181, informando o Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou a matrícula do agente.
Saiba mais
O Censo Demográfico é realizado de dez em dez anos, para avaliar as mudanças ocorridas no período e comparar dados, a fim de entender a evolução de indicadores sociais. Na última pesquisa, em 2010, a população brasileira era formada por 190 milhões de habitantes, sendo 93 milhões homens e 97 milhões de mulheres. Em Venâncio Aires, o Censo apontou 65.946 pessoas. A previsão inicial era de que o estudo ocorresse em 2020, o que não foi possível por conta da pandemia.
