Objetivo das paradas é melhorar a segurança e proporcionar maior conforto para a população. (Foto: Leonardo Pereira)
Objetivo das paradas é melhorar a segurança e proporcionar maior conforto para a população. (Foto: Leonardo Pereira)

As paradas inteligentes – que foram motivo de polêmica quando anunciadas, em especial pelo valor de R$ 92 mil, na época – seguem dando o que falar. Elas estão instaladas em quatro pontos da cidade: na rua Tiradentes, praça Coronel Thomaz Pereira; rua General Osório (perto do Dobom), rua Getúlio Vargas (perto do Lenz) e avenida Ruperti Filho (quase esquina com a rua Jacob Becker). A última, que estava localizada na rua 15 de novembro, entre a Osvaldo Aranha e Júlio de Castilhos, foi retirada, antes de ser finalizada, e ainda não tem definição de quando será instalada no bairro Bela Vista, seu novo destino.

As estruturas são chamadas de paradas inteligentes por contarem com ar-condicionado, cortina de ar, iluminação, internet sem fio, bancos, bebedouro, televisão, tomadas para carregar celular e câmeras de videomonitoramento, além de acesso para cadeirantes. A reportagem da Folha do Mate esteve nos locais na tarde de segunda-feira, 22, e conferiu a situação dos ambientes. A segurança e proteção contra chuva e sol é um dos pontos que chama a atenção, pois as paradas são fechadas e cobertas. Além disso, poucos são os casos de lixo ou resíduos no solo. Contudo, a poeira é notória, principalmente, nos bancos.

Estrutura localizada na rua General Osório foi a que apresentou a situação mais precária em relação à manutenção. (Foto: Leonardo Pereira)

Entre os diferenciais das paradas, a conexão de internet sem fio está em todos os locais. Porém, durante as visitas, o acesso foi difícil e lento. Durante a ronda, a televisão foi encontrada em três das cinco paradas, e todas estavam desligadas – assim como a iluminação. A parada em piores condições foi a da rua General Osório, que tinha lixo atirado no chão, entre sacolas plásticas, papéis e outros itens.

As aposentadas Magieli Soares, 56 anos, moradora da localidade de Arroio Grande, e Nilsa Vieira, de 63 anos, residente no bairro Santa Tecla, relatam as dificuldades com as paradas. “O principal problema é a sujeira, em especial, nos bancos. Às vezes, é impossível sentar, pois sairá toda suja”, diz Nilsa. Já Magieli conta que utiliza as paradas com frequência, pois viajar de ônibus é mais prático e não depende de algum familiar para a ajudar. “Infelizmente, já encontrei até moradores de rua dormindo nos bancos. Além disso, às vezes há cachorros e um cheiro de urina insuportável”, observa.

Bebedouro da parada localizada na avenida Ruperti Filho está funcionando normalmente, mas chama a atenção pela sujeira. (Foto: Leonardo Pereira)

Por outro lado, Nilsa destaca que o local protege da chuva e do sol, e também tem o ar-condicionado, que colabora em dias com excesso de calor ou frio. Magieli entende que não havia a necessidade de tamanho investimento para a construção. O foco maior deveria ser na manutenção e limpeza.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, responsável pela manutenção das paradas inteligentes, sempre que há demanda o setor providencia a limpeza. Não há informação sobre a instalação de uma quinta estrutura, como previsto inicialmente.