Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateApesar de todos os aumentos dos preços, a erva-mate, cebola e tomate têm ficado mais baratos
Apesar de todos os aumentos dos preços, a erva-mate, cebola e tomate têm ficado mais baratos

Quem frequenta os mercados com frequência, já deve ter notado que, nos últimos meses, encareceram os preços de muitos produtos, tanto alimentos da cesta básica, quanto de higiene, verduras e hortaliças. Para verificar quais produtos ficaram mais caros e foram atingidos pela inflação, a reportagem fez uma pesquisa em um dos supermercados de Venâncio.

Para se ter uma ideia, considerado uma prévia da inflação oficial, o índice de Preços ao Consumidor – Amplo 15 (IPCA-15) avançou para 1,42% em fevereiro. Divulgada na manhã de ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa é a maior para o mês desde 2003. Em janeiro, o IPCA-15 ficou em 0,92%.

Entre os produtos verificados – a reportagem analisou 15 produtos e elegeu a marca mais barata – constatou-se que a maioria sofreu um aumento entre janeiro e fevereiro. Itens como a erva-mate e o tomate registraram redução do preço neste período.

Apesar de tudo, o consumidor tem motivo para comemorar, porque a cebola, que antes o fazia chorar devido ao alto preço, agora está mais barata. Em compensação, o preço do quilo da cenoura, azeite e carne agulha dispararam neste mês.

Conforme Juliana Maria Schröeder, auxiliar de escritório de um supermercado de Venâncio, nota-se que os consumidores não deixam de comprar os alimentos, mas evitam adquirir os itens supérfluos do supermercado. “As pessoas continuam comprando os produtos da cesta básica, porque comer todo mundo precisa”, comenta.

                                                                               Em busca de promoções

Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateGrasiela: “A única coisa que a gente não pode cortar é a comida”
Grasiela: “A única coisa que a gente não pode cortar é a comida”

A auxiliar de limpeza Grasiela Halmenschlager, 34 anos, está mais cautelosa na hora das compras. Ela, que diariamente vai ao supermercado, não abre mão de ir atrás de promoções. “Anos atrás, com R$ 50, eu conseguia comprar muitas coisas. Agora, com o mesmo valor, apenas consigo voltar para a casa com duas sacolinhas”, comenta.

Economizar na área alimentícia, segundo Grasiela, tem se tornado tarefa difícil. “A única coisa que a gente não pode cortar é a comida”, observa. Para ela, todos os produtos encareceram muito desde fim do ano anterior e, devido à inflação, Grasiela gasta o dobro do que costumava gastar.

Com o objetivo de economizar o ‘dindim’, a auxiliar de limpeza diz que frequenta os supermercados todos os dias: “Tem que ir só na base de promoção, por isso as pessoas têm que estar todos os dias nos mercados, para ver o que está mais barato.”

Apenas o suficiente

A opinião da aposentada Loenia Schmidt, 50 anos, não é diferente. Ela conta que

Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateEntre os produtos que mais encareceram no último mês, está a cenoura
Entre os produtos que mais encareceram no último mês, está a cenoura

toda a semana frequenta os mercados e um dos objetivos agora é economizar onde puder. Para isso, Loenia busca comprar apenas o suficiente para o consumo, ou seja, não deixará de adquirir os itens, mas irá reduzir a quantidade.

Para Loenia, os itens que estão mais caros são as verduras, café e carnes de todos os tipos. Assim como Juliana, a aposentada não deixará de aproveitar as promoções.

 

 

 

 

 

Foto: Reprodução / Folha do Mate.