Por Ana Flávia Hantt – [email protected]
Luxemburgo está localizado a cerca de dois mil quilômetros de Kiev, a capital da Ucrânia, mas nesta quinta-feira, foi impossível ignorar o conflito ocorrendo no país europeu. Mesmo quem escolheu seguir com o seu dia sem acompanhar as notícias, foi obrigado a olhar para o céu e ver (ou ao menos escutar) as dezenas de aviões sobrevoando o território luxemburguês. Com a invasão militar da Rússia na Ucrânia, o espaço área daquela região foi fechado para todos os voos civis. Vizinhos como Moldova e Bielorrússia adotaram ações semelhantes. Isso fez com que rotas fossem recalculadas, sobrecarregando o espaço aéreo da parte mais central da Europa.
Luxemburgo tem uma comunidade de cerca de mil ucranianos e, desde ontem, os veículos de comunicação daqui têm entrevistado intensivamente essa população. Eles relatam como está a vida dos familiares, a preocupação sobre perder contato caso a situação se agrave. Também se acompanha a situação dos ucranianos que estão em Luxemburgo e que, desde o início do conflito, não podem voltar para casa.
A cidade de Luxemburgo possui uma das sedes do Parlamento Europeu (as outras estão localizadas em Bruxelas, na Bélgica, e em Strasbourg, na França), e o policiamento tem sido reforçado na área. A União Europeia apoia a Ucrânia no conflito.
Além de oferecer suporte internacional, a maior preocupação em Luxemburgo neste momento é o fornecimento de energia, já que 25% do gás utilizado no país vem da Rússia. O conflito pode afetar também o fornecimento de eletricidade e óleo. O ministro de energia local, Claude Turmes, tem aparecido com frequência nos noticiários para tranquilizar a população de que o governo já está trabalhando para amenizar o impacto que será causado com o aumento nos preços de energia para este e o próximo ano — um fato que já é dado como certo.
- Ana é venâncio-airense e está morando na Europa, em Luxemburgo.
LEIA MAIS: