O surto de Ebola, que foi o responsável por mais de mil mortes – e ainda causa óbitos -, é noticiado no mundo todo. A maior preocupação é a possibilidade do vírus se espalhar e causar uma pandemia.
O alerta sobre uma possível pandemia é concreto. Entre 50 e 90% dos infectados não sobrevivem ao vírus. No entanto, existem outras doenças que são muito mais letais do que Ebola.
Conforme o The Guardian, desde o início das mortes provocadas pelo Ebola – em fevereiro deste ano -, cerca de 300 mil pessoas morreram de malária e 600 mil faleceram de tuberculose.
Apesar de toda a apreensão associada à possibilidade de que o Ebola se torne uma pandemia, especialistas apontam outros males que podem ser ainda mais assustadores. O site Mother Jones buscou relatos de alguns especialistas no assunto, e você pode conferir a seguir quais doenças são consideradas mais mortais e assustadoras do que a provocada pelo ebola:
1. Influenza
A gripe aparece em primeiro lugar, já que a estimativa, segundo a OMS, é de que o vírus provoque a morte de um número entre 250 mil e meio milhão de pessoas ao ano, além de levar 3 e 5 milhões de afetados ao hospital. E o vírus é transmitido muito mais facilmente do que o ebola — que até agora infectou mais de 1.700 pessoas.
Com uma estatística como essa, fica evidente o motivo de os especialistas considerarem a gripe um problema tão grande. Embora a questão possa ser amenizada através da vacinação, apenas uma parcela da população participa das campanhas. E, apesar de crianças, gestantes e idosos serem mais vulneráveis ao vírus, algumas cepas podem ser especialmente perigosas para adultos saudáveis. Em 2009, a pandemia de H1N1 deixou mais de 280 mil mortos.
2. Infecções super-resistentes
Cada vez mais agentes patogênicos vêm se tornando resistentes à ação de antibióticos, e a OMS vê isso como um assunto bem sério. Afinal, ferimentos de pequeno porte e infecções comuns se tornam mortais por não existirem medicamentos capazes de combatê-los.
Nesse sentido, a organização alerta para o fato de que novas drogas sejam desenvolvidas, pois várias enfermidades que são tratadas com antibióticos podem se tornar incuráveis futuramente.
3. HPV
Milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas pelo vírus do papiloma humano, um agente que pode provocar o surgimento de diversos tipos de câncer, entre eles o de colo de útero, que mata 270 mil mulheres anualmente. A infecção pode ser prevenida com uma simples vacina – que deve ser aplicada já na pré-adolescência e adolescência -, mas faltam campanhas e incentivos para que isso ocorra massivamente.
4. Alimentos contaminados
Cerca de 76 milhões de pessoas são hospitalizadas anualmente nos EUA devido a problemas de saúde provocados por agentes infecciosos – como a salmonella, listeria, campylobacter etc. – presentes nos alimentos ou na água.
O preocupante é que não existem vacinas contra esses agentes, e a única forma de combater o problema é monitorando a distribuição de comida e água. No entanto, para isso é necessário investir na contratação de inspetores e em novas tecnologias e sistemas de controle e avaliação de riscos, por exemplo, e esse, como você bem sabe, é outro problema.
5. Sarampo
Apesar de existir uma vacina contra o sarampo, segundo a OMS, em 2012, a doença provocou a morte de 122 mil pessoas. No entanto, essa estatística ainda é muito melhor do que a que do ano de 1980 – antes de as campanhas de vacinação se espalharem pelo mundo -, quando foram registradas 2,6 milhões de vítimas.
Desde então, embora o sarampo ainda seja uma das principais causas de morte infantil no mundo, o número de doentes caiu em 78% do ano 2000 até 2012. Além disso, nesse intervalo, mais de 1 bilhão de crianças que vivem em países de alto risco foram vacinadas, e, em 2012, 84% de jovens do planeta receberam a vacina. O objetivo atual é reduzir o número de vítimas em 95% – em comparação ao ano 2000 – até 2015 e, até 2020, erradicar completamente a doença do planeta.
*Com informações Mega Curioso