Desde a última semana, os Centro de Assistência Psicossocial (Caps) do país se mobilizam contra a indicação do novo coordenador de saúde mental do país, o médico psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho. Conforme a terapeuta ocupacional do Caps de Venâncio Aires ângela Cristina Martins, a mobilização está forte em Brasília, pois o Conselho de Psicologia e de Assistência Social, em conjunto com psiquiatras, se envolveu no assunto e também não são favoráveis ao nome do profissional.
Filho foi proprietário de um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro que foi fechado pelo Ministério Público em função de negligências. Segundo Cristina, ele é a favor de tornar manicômios como moradia para pacientes e contra o atual sistema de tratamento de pessoas com problemas de saúde mental.Mesmo com as manifestações contrárias, ângela não tem certeza que o médico não irá assumir o cargo.
“Temos boa mobilização no ‘Facebook’, mas não vemos nada na televisão. Espero que ocorra um reforço com os outros meios.” De acordo com ela, caso ele fique à frente do cargo, poderá ocorrer a diminuição de repasse de verbas para os Caps e com isso haverá s diminuição dos atendimentos no modelo atual. “Não somos contra que um paciente fique internado por um mês, por exemplo, em um dos hospitais. Não queremos que esses locais sirvam de moradia para eles.”