Uma conta bancária da Organização Não Governamental (ONG) Parceiros da Esperança (Paresp) foi alvo de hackers, que só não ‘rasparam’ todo o valor depositado porque os repasses chegaram a um limite que determina o bloqueio pelo sistema da instituição. A informação foi confirmada pelo supervisor administrativo da entidade, Leonardo Duarte, nesta sexta-feira, 12. A quantia desviada não foi divulgada.
Os representantes da Paresp notaram que a conta havia sido movimentada estranhamente na quarta-feira, 10. “Na consulta aos extratos bancários, ficamos surpresos com a situação”, comentou Dutra, que nesta sexta-feira, juntamente com outros dirigentes da Paresp, já se reuniu com representantes do banco que administra a conta invadida. De acordo com as informações recebidas, a conta destino do dinheiro é de Brasília.
A instituição bancária – que a pedido da direção da Paresp não está tendo o nome divulgado, já que está prestando toda a assistência necessária à ONG – pediu 10 dias para fazer uma análise minuciosa da situação e dar uma resposta sobre o valor. “Acreditamos que o dinheiro será ressarcido, pois não houve vazamento de dados e nenhuma pessoa que tem acesso às senhas das contas teve participação no processo”, disse Dutra.
“Como a situação é complicada, pensamos até em deixar para divulgar a informação depois que estivesse tudo resolvido. Mas, como é a comunidade que ajuda a manter a Paresp, decidimos que o máximo de transparência possível neste momento seria importante para manter a nossa credibilidade.”
LEONARDO DUTRA – Supervisor administrativo da Paresp
Sem excedente
O supervisor administrativo da Paresp ressaltou que o quanto antes o valor voltar à instituição, será melhor para o cumprimento de compromissos que a entidade precisa honrar. “Não temos recursos excedentes, portanto este valor é muito importante para a manutenção das atividades. É dinheiro que usamos para abastecimento, mercado, compra de gás e de pães, por exemplo”, afirmou. Dutra garantiu que o valor arrecadado no brechó realizado pela entidade recentemente, está em outra conta e não foi perdido.
Caso da Apae
- Em novembro do ano passado, hackers invadiram cinco contas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Venâncio Aires. Eles desviaram R$ 316 mil, segundo informação da entidade, que tenta até hoje reaver o dinheiro.
- No caso da Apae, integrantes da entidade que têm acesso às senhas das contas foram induzidos a introduzir as informações no sistema, o que facilitou a ação dos criminosos.
*Matéria atualizada no dia 15, às 11h54min para acréscimo de informações.