“Cruzar os braços na segunda-feira (3 de agosto).” Esta é orientação dada à categoria pela presidente do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Helenir Oliveira. Ela afirmou ter recebido com “indignação” a confirmação do parcelamento dos salários dos servidores do Executivo, que também atingiu o magistério. Segundo a Secretaria da Fazenda, 38% dos professores receberam os salários parcelados hoje, 31.
é o caso da diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental São Luiz, Zeni Regina da Silva. Hoje pela manhã, ela deslocou-se até o banco para tirar o extrato e verificou que também estava na lista dos professores que tiveram o salário parcelado. “Nós, professores, escutamos desde quando Sartori assumiu, que teria parcelamento, pois não havia dinheiro para pagar o funcionalismo, mas o que ele fez até agora para mudar essa perspectiva?”, observa.
Conforme a diretora, os professores têm conhecimento da crise e das dificuldades que o Estado enfrenta, mas ela opina que a medida adotada vai contribuir para uma crise ainda pior. “O governador, diante de tudo isso, deixa todo mundo sem esperança, sem perspectiva e visão do que vamos fazer para passar por essa situação.” Zeni diz apostar na paralisação dos professores na segunda-feira, mas sua escola não deve aderir.
Em férias e com retorno das aulas previsto para segunda-feira, as escolas estaduais de Venâncio Aires contatadas pela Folha do Mate nesta sexta-feira não confirmaram participação na paralisação.
Como reforça o diretor do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Renato Aldo Müller, a orientação é para a categoria paralisar na segunda-feira. Já na terça e no decorrer da semana, ele salienta a possibilidade das escolas atenderem em turno reduzido. Müller também convoca os professores da região a participarem do ato de paralisação que envolverá outras categorias na quarta-feira, 5 de agosto, junto à cidade de Santa Maria.
O diretor do Núcleo afirma que o Estado tem agido mal e cobra a adoção de outras medidas para sair da crise, que não impactem tão negativamente na vida dos servidores e da população como um todo. “é um momento muito difícil e preocupante, de intranquilidade.”