Já se vão pelo menos três anos que o instalador de esquadrias Omar Boni, de 37 anos, e sua família, convivem com uma situação extremamente preocupante. Uma galeria que passa nos bem fundos da casa onde eles moram, na rua Antônio Tarelli, vizinha à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Cruzeiro, cedeu e abriu uma enorme cratera, com quase quatro metros de altura. O que restou da estrutura, na avaliação de Boni, pode cair a qualquer momento: “É só olhar. As rachaduras estão cada vez maiores”.
A galeria foi construída, explica o morador, para dar vazão à água de uma sanga. Da rua Voluntários da Pátria, distante poucos metros de sua residência, ela se estende até o Loteamento Benoni, na rua 7 de Setembro. Mas, praticamente no pátio do morador – ao lado do Campo do Cruzeiro -, ocorreu o problema. “Além do perigo de que o resto do concreto caia, é um mau cheiro insuportável. Não tem como comer ou tomar um chimarrão sem se enjoar, principalmente neste período de calorão”, diz o instalador de esquadrias.

Boni afirma que, depois de alguns “pedidos de socorro” para a Prefeitura, ele e outros moradores da rua levaram a demanda ao conhecimento da vereadora Izaura Landim (MDB), que sugeriu que um abaixo-assinado fosse elaborado. “A gente colheu as assinaturas e vamos levar à Prefeitura para ver se conseguimos uma solução”, relata. O morador ressalta, ainda, que a cada dia aumenta o medo de que mais partes da galeria cedam e a situação ofereça ainda mais risco. “Se não fosse perigoso, não seríamos insistentes”, conclui.
Prefeito
A vereadora Izaura Landim esclarece que já levou a situação ao conhecimento do prefeito Giovane Wickert, para quem também vai encaminhar o abaixo-assinado elaborado pelos moradores. “Em um primeiro momento, fiz um pedido de providências ao Executivo, que não surtiu o efeito esperado. O passo seguinte foi me reunir com o prefeito, que me disse que dará atenção para o problema assim que as máquinas que estão sendo utilizadas nos trabalhos do Condomínio Avícola forem liberadas”, explica a parlamentar.
Outro problema gerado pela queda de parte da galeria, de acordo com o morador Omar Boni, se refere ao transbordamento de água em dias de enxurradas fortes. A água sobe, inunda o seu pátio e quase entra na sua residência.
O dia que a galeria caiu a gente estava em casa deitado, depois do almoço. Foi um estouro que eu nunca tinha ouvido. Temos medo de que outras partes cedam e coloquem a nossa casa em risco.”
OMAR BONIInstalador de esquadrias
É uma situação bem complicada. As pessoas que moram ali abrem a janela da casa e já enxergam aquela cratera enorme. Sem contar o mau cheiro e a proliferação de insetos e ratos no esgoto.”
IZAURA LANDIMVereadora do MDB