Bibliotecária Andressa Tornquist: leitor de código de barras substitui o antigo procedimento manual (Foto: Alan Faleiro)
Bibliotecária Andressa Tornquist: leitor de código de barras substitui o antigo procedimento manual (Foto: Alan Faleiro)

Venâncio Aires - A Biblioteca Pública Municipal Caá Yari, em Venâncio Aires, começou a semana com um novo recurso de organização. Desde a segunda-feira, 1º, o espaço localizado na rua Osvaldo Aranha, número 515, passou a contar com um sistema digital para consultas e empréstimos do acervo, composto por mais de 24 mil exemplares. A atualização substitui anos de registros manuais.

Segundo a bibliotecária Andressa Tornquist, a mudança otimiza o processo de empréstimo de livros desde a consulta ao acervo pela internet. “As pessoas conseguem acessar a pesquisa dentro do site da Prefeitura. Antes dava para ver só se tinha ou não o livro. Agora aparece a disponibilidade, porque o registro do empréstimo está no sistema”, explica. A consulta prévia, afirma, reduz deslocamentos desnecessários: “A pessoa já olha antes e sabe se está emprestado ou não”.

No dia a dia do atendimento ao público, a mudança também é significativa. Antes, quando alguém perguntava se um título estava disponível, a conferência era manual e exigia ir até a estante. “A gente ia até a estante para ver se o livro estava lá. Agora eu olho no computador e já informo se está emprestado”, diz. Além disso, no momento da retirada, o exemplar agora passa pelo leitor de código de barras, o que registra o empréstimo na hora e substitui o antigo procedimento manual.

TRABALHO EM ETAPAS

O processo até a informatização começou ainda com a bibliotecária anterior, Rosaria Costa, que iniciou a organização e o cadastro dos exemplares. “Eu continuei o trabalho dela de colocar os códigos de barras em todos os livros, seguindo agora com a implantação do sistema informatizado de empréstimos”, comenta.

Nesse primeiro momento, Andressa lembra que apenas o acervo de livros está dentro do sistema informatizado, faltando ainda o cadastro de revistas e gibis, que terá sequência nos próximos meses. Como parte desse processo de informatização, a partir de janeiro, as carteirinhas também receberão código de barras.

A plataforma utilizada para informatizar o sistema é o Biblivre, um software livre e gratuito voltado à catalogação e à difusão de acervos de bibliotecas públicas e privadas, instalado com apoio do setor de Tecnologia da Informação (TI) da Prefeitura. Nesse sentido, Andressa explica que a informatização praticamente não gerou custos extras, além do envolvimento da equipe já existente na efetivação dos cadastros e na preparação do sistema.

Usuários ativos passam de 5 mil

A Biblioteca Pública Municipal conta com cerca de 5.100 usuários ativos. “Todo ano a gente renova o cadastro. Esses 5.100 são os que renovam”, explica a bibliotecária Andressa. O movimento surpreende positivamente. “A gente já está batendo 11 mil empréstimos em 2025. Tem bastante movimento.”

O acervo de mais de 24 mil exemplares reúne títulos variados, como obras infantis, juvenis, literatura brasileira e estrangeira, revistas e livros didáticos. Segundo Andressa, atualmente, os títulos mais retirados estão nos segmentos infantil, romance espírita e literatura estrangeira.

COMO RETIRAR

Para o primeiro cadastro, ela explica, o processo é simples: documento, comprovante de residência e taxa de R$ 5 em dinheiro. A renovação custa R$ 2. Cada usuário pode retirar dois livros e cinco gibis, com prazo de duas semanas — três para moradores do interior. A multa diária por atraso na devolução é de R$ 0,50 por exemplar.

A Biblioteca Pública Municipal funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia, e também oferece atendimento por telefone e WhatsApp no número (51) 2183-0262.

Alan Faleiro

Com foco na produção de notícias sobre negócios, contribui para divulgar o que é relevante no mundo corporativo e tudo o que mais impacta a comunidade local.

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