
Embora o 12 de outubro tenha se popularizado comercialmente por ser o Dia da Criança, a data também carrega um forte simbolismo religioso, uma vez que celebra a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Em Venâncio Aires, a devoção à santa se reflete em comunidades como a de Linha Herval Mirim, no Acesso Imperatriz Dona Leopoldina, que recebeu o nome em sua homenagem.
“Em 1984, tínhamos encontros e o pessoal fazia terços entre famílias. Então, surgiu a necessidade de ter uma comunidade. Na hora de decidir por um nome, como tinha um pessoal devoto de Nossa Senhora Aparecida, a ideia emplacou. O pessoal achou que era interessante”, lembrou Valmor da Rosa, presidente da comunidade há oito anos, em entrevista ao programa Folha 105 – 1ª Edição, da Rádio Terra FM, nesta sexta-feira, 11.
A igreja recebe missas no quarto sábado do mês, às 16h. De acordo com o presidente, sempre há um bom público prestigiando a celebração. “Antes de começar a missa, o pessoal reza para a santa. Depois que terminou, muita gente agradece. É bem interessante”, comentou. Neste sábado, 12, como não poderia deixar de ser, a comunidade estará em festa. A procissão sairá às 9h45min do Acesso Leopoldina em direção à comunidade, seguida por uma missa às 10h. O almoço será servido às 11h30min.
História de Nossa Senhora Aparecida
A história de devoção a Nossa Senhora Aparecida começou em 1717, em Guaratinguetá, São Paulo. De acordo com a tradição, um grupo de três pescadores ficou encarregado de garantir a pesca para o banquete que seria servido ao governador da província de São Paulo e Minas Gerais, que visitava a região, no segundo semestre de outubro daquele ano. No entanto, o serviço não estava tendo sucesso, até que os homens retiraram do rio Paraíba do Sul dois pedaços de uma imagem quebrada de Nossa Senhora da Conceição – uma com o corpo e outra com a cabeça.
A partir daquele momento, as redes teriam sido tomadas por peixes. O fato foi considerado o primeiro milagre da santa. O objeto ficou na casa de Felipe Pedroso, o pescador mais velho do grupo, local que começou a receber pessoas que rezavam para a santa. A devoção levou à construção de uma capela em 1745 em sua homenagem, o que viria a se tornar a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, local muito visitado por católicos durante todo o ano.
Um dos fiéis que já passou por Aparecida, cidade que se emancipou de Guaratinguetá em 1928, é o padre Aldo José da Silveira, de Venâncio Aires. “O povo vai a Aparecida para conhecer melhor Jesus Cristo. A fé é muito grande em Maria, e nada melhor que ela para nos ensinar e mostrar o caminho de Jesus. É muito bom estar lá, o clima é agradável, religioso, de paz, alegria”, contou, também em participação no programa.
Em 1929, o papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Rainha do Brasil e padroeira. No entanto, o dia 12 de outubro só se tornou feriado nacional em 1980.