Doutores P estarão de volta para aplicar doses de alegria

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Em nenhum outro momento os Doutores P fizeram tanta falta nos corredores do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) como nos últimos meses. Desde o início da pandemia, em março do ano passado, os palhaços ‘Multiplicadores de Alegria’, que marcavam ponto todos os sábados na instituição de saúde tiveram que interromper este trabalho. Através da arte e do improviso, eles medicavam os pacientes com doses de alegria e traziam a esperança às pessoas acamadas e aos profissionais de saúde.

Há 13 anos, os Doutores P não haviam passado por esta experiência por um período tão longo. De acordo com uma das integrantes do grupo, Eliane Turcatto, a última vez que os palhaços ficaram longe da instituição foi durante a gripe H1N1, em 2009, mesmo assim, durante poucos meses. “Ficamos totalmente perdidos com esta situação, mas tivemos que nos afastar para evitar a circulação de pessoas no local e a propagação do coronavírus”, afirma.

Contudo, não foram apenas os pacientes e os acompanhantes que sentiram a ausência dos palhaços, que traziam mais vida e cor ao ambiente hospitalar. Os profissionais que atuam na linha de frente contra a Covid-19 também foram diretamente atingidos. Eliane acrescenta que, quando encontra profissionais do hospital, sempre ouve um desabafo: “Estamos precisando de vocês. Os Doutores P fazem muita falta por aqui”, entre outras observações.

A técnica em enfermagem Rita Oliveira, ex-funcionária do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), confirma este sentimento.“Quando eles anunciavam a chegada ao hospital era aquela alegria. Quem estava internado aguardava por este momento para ver os palhaços e aliviar as tensões de um dia difícil”, recorda. Segundo ela, esta iniciativa foi temporariamente suspensa mas, nunca deve terminar porque a equipe dos Doutores P deixam um legado de alegria e leveza às pessoas.

Ações

Em parceria com a Prefeitura, os Doutores P foram convidados para estarem entre os protagonistas de uma campanha publicitária para fortalecer o uso da máscara para prevenção do coronavírus. A campanha está sendo divulgada por meio do jornal e redes sociais.

Além disso, a equipe já está programando uma nova ação de fora do hospital, para manter os laços com os pacientes da instituição de saúde e proporcionar mais leveza aos profissionais que atuam na linha de frente. “Nossa ideia é fazer um projeto para que as pessoas possam nos assistir pelas janelas do hospital, evitando o contato físico. Ainda estamos planejando a nova ação antes de colocarmos em prática”, conta Eliane, que pretende apresentar o projeto em novo formato até o fim de março.

Momento de estudo e reflexão

Durante este período em que o grupo esteve afastado, a maioria dos integrantes dos Doutores P aproveitou o tempo para estudar e aprender coisas novas, para dar continuidade ao projeto. “Este é um momento mágico, de arte e humanização. Aproveitamos este tempo para ler livros, estudar e aprender mais sobre as novas ferramentas digitais”, destaca Eliane.

Já que as ações não estavam sendo realizadas de forma presencial, os sete integrantes se mobilizaram para manter atualizadas as redes sociais, principalmente Facebook e Instagram dos Doutores P.

Sobre os Doutores P

  1. A equipe dos Doutores P conta com sete integrantes: a Dra. Alexa Tan Tan (cirurgiã-dentista Alexandra Oliveira Keller), Dra. Emma Róida (educadora física Eliane Turcatto), Dra. Anne Stésica (servidora pública e escritora Rosmeri Menzel), Dra. Alucy (pedagoga Márcia Ednéia dos Santos), Dra. Rosa Ventosa (Nina Rosa Heinen Pereira), Dra. Sara Dores nas Costas (operadora de produção Ariana Heloísa Dias), Dra. Neura Fantoli (cuidadora de idosos Cleonice Magalhães Faleiro) e Dr. Grilo (ator e professor de arte Geison Aquino).
  2. Antes da pandemia, o grupo desenvolvia vários projetos, como o ‘Palhaço Vai’, uma ação na qual os palhaços visitavam comunidades carentes e famílias do interior, e Roda Artística, onde são apresentadas na rua situações que eram vividas dentro do hospital. Além disso, também faziam apresentações em instituições de ensino e em atividades natalinas realizadas na Praça Coronel Thomaz Pereira (Praça da Matriz).
  3. Todos os sábados, eles visitavam o hospital São Sebastião Mártir para levar esperança e leveza às pessoas acamadas e aos profissionais de saúde. A ação acontece por meio do improviso, geralmente em duplas.

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