Mais do que levar cultura e proporcionar emoção, a música consegue ‘tocar’ outros aspectos, como aproximar as pessoas. Geralmente isso acontece em grupos de amigos e colegas, mas também mobiliza diretamente pais, filhos, irmãos, num gosto em comum mantido, muitas vezes, dentro de casa. Famílias que, por causa da música, acabam fortalecendo ainda mais os laços de convivência.
Em Venâncio Aires, há muitas famílias no Musical Uninter, por exemplo. Dos atuais 33 integrantes, dispostos em vozes, flauta, violinos, violoncelo, guitarra, teclado, contrabaixo, bateria, percussão e dançarinos, um terço é composto por núcleos familiares. O maior grupo dentro do musical é da família do regente Daniel Böhm. A ele, se somam a esposa Daiana, a filha Olívia, a mãe Enia, o irmão Henrique e a tia Liani. “A música tem esse poder de unir pessoas, direta e indiretamente, desde momentos de lazer até mesmo despedidas. Tanto o ensaio quanto a apresentação é mais um momento muito significativo que podemos passar juntos. É um grande privilégio unir três gerações por meio da música, às vezes quatro gerações”, comentou Böhm.
A advogada e perita contábil Lisandra de Campos participa do musical com os filhos Bernardo, 12 anos, e Natália, de 10. Ela conta que o envolvimento com o grupo aconteceu aos poucos. “Quando pensávamos no último show do Musical Uninter, questionei o professor Daniel se ele gostaria de incluir um flautista [Bernardo] e ele disse que sim. Assim como eu, ele fez um ‘teste’ e começou a ir nos ensaios. A Natália, não querendo ficar de fora, passou a ir para assistir os ensaios. Quando o Daniel apresentou a música ‘Brilha, brilha, estrelinha’ ela chegou em casa e disse que ia falar com ele, sobre uma bailarina. Ela mesmo falou com o Daniel, que aceitou e inseriu no número apresentado”, relatou Lisandra, que está há três anos no grupo, onde começou cantando e hoje também toca violino.
Ela destacou ainda sobre como as quintas-feiras (dia de ensaio) geram expectativa na família. “Para nós, as quintas são esperadas para ver o que o professor Daniel terá de novo. É assim que meus filhos falam em casa. Eles adoram e eu também. Minha terapia semanal é cantar no grupo.”
A formação familiar em bandas, corais e orquestras também é característica em outros grupos de Venâncio. Segundo o maestro Daniel Böhm, na recém-formada Clube Orquestra, por exemplo, há dois Pereira: José Batista e João Gabriel, pai e filho; dois Ziebell: Sérgio e Gabriel, também pai e filho; e três Klock: Margarete, Luis Antônio e Henrique, mãe, filho e primo. Margarete e Luis, aliás, integram o Musical Uninter.
“É uma grande alegria fazer parte de um grupo que meu filho também participa. A gente toca e canta com uma alegria imensa, vai com o coração aberto, porque a música encanta.”
MARGARETE KLOCK – Empresária e violinista do Musical Uninter
“É um momento de muita emoção, de amor em família e com amigos. Algo muito prazeroso.” – LUCIANA LOEBLEIN
Analista Contábil Fiscal e cantora do Musical Uninter
“Cantar com minha irmã representa carinho e união além dos laços sanguíneos. Uma conexão através da música que faz com que o Musical Uninter seja uma grande família maravilhosa.”
MAIARA NUNES – Secretária e cantora do Musical Uninter
