Na noite do sábado, 25, a comunidade venâncio-airense conheceu a nova corte do Carnaval Adulto do Interior. Taliana Beatriz da Silva, 20 anos, do bloco Os Imigrantes de Centro Linha Brasil, foi eleita a rainha; Alícia Anália Wenzel Caetano, 20 anos, representante do bloco Imperadores da Folia, de Linha Cecília, recebeu a faixa e coroa de primeira princesa; e Tatiana Luize da Silveira, 20 anos, representante do Bloco Os Palmeirenses, de Linha Arroio Grande, conquistou o título de segunda princesa.
A escolha das soberanas ocorreu no ginásio Luizão, de Vila Santa Emília. O evento foi organizado pelo bloco Imma Knill. A Folha do Mate conversou com Taliana sobre como foi a preparação para o concurso e o que representa para ela ostentar o título de rainha do Carnaval Adulto do Interior.
Folha do Mate: Qual a sensação de ser eleita rainha do Carnaval do Interior?
Taliana Beatriz da Silva: Está sendo algo único. Um divisor de águas na minha vida, pois sempre fui muito tímida. E com esse concurso descobri que posso me superar e ter coragem de dar o melhor em tudo. E é esse o sentimento que vou levar para o trabalho que começa agora. Ser eleita rainha é emocionante, mas também sinônimo de muita responsabilidade. Junto das minhas princesas, Alícia e Tatiana, quero me empenhar ao máximo na divulgação e representação do nosso Carnaval do Interior. Até aqui, só agradecimentos a todos que me apoiaram, especialmente ao meu bloco, Os Imigrantes, de Centro Linha Brasil.
Qual a sua relação com o bloco Imigrantes?
Minha relação com Os Imigrantes vem da infância. Desde pequena já participava do bloco na categoria infantil, sendo que também representei o grupo da Suib na escolha da corte de 2009. Tenho familiares que moram na localidade e, que inclusive, já coordenaram o bloco. Também acompanhei todos os passos de uma tia minha [Veridiana Röhsler] que foi rainha nas duas categorias, e que me inspira muito. Além disso, tenho um orgulho enorme desse bloco. Centro Linha Brasil é uma localidade muito unida e próspera, o que não é diferente quando se refere ao Carnaval.
Desde quando o Carnaval faz parte da tua vida?
Faço parte do bloco desde a infância. Tinha uns 4 anos quando minha família me levou para participar dos bailinhos pela primeira vez. Foi junto dos meus primos que criei gosto por essa cultura e aprendi a valorizar toda a dedicação que cada bloco coloca na realização desses eventos que há mais de 30 anos movimentam nosso interior.
Conta um pouco da sua preparação. Como se dedicou para ir em busca desse título?
Assim que recebi o convite do bloco para concorrer, confesso que fiquei um pouco em dúvida em aceitar um desafio tão grandioso e especial. Mas conversei com minha família e vimos que eu não poderia perder essa oportunidade de crescimento. Não entrei no concurso pensando em ficar no trio, mas em representar bem Os Imigrantes e me superar. Foi durante a preparação que o coração começou a bater mais forte e a vontade de compor a corte aumentou. Foram meses de ensaios com pessoas ligadas ao Carnaval para caprichar no samba, preparação na oratória e dicção para as entrevistas, e estudo sobre a história do Carnaval e do meu bloco. Tudo isso, junto com trabalho e faculdade [Ciências Biológicas]. Não foi tão fácil. Mas agora está sendo recompensador.
E agora, após eleita, como pretende representar nosso carnaval do interior? Quais os desafios e metas a cumprir?
Já me diverti durante o concurso. Agora quero me divertir ainda mais. É necessária muita responsabilidade e dedicação para representar quase 40 anos de história do Carnaval do Interior, mas também dá para se divertir muito com toda esse folia. Já temos agendadas entrevistas e outros compromissos, incluindo a escolha da corte infantil, que será outro momento muito especial. Por isso, já aproveito para convidar a todos para prestigiar a escolha, no domingo, em Linha Brasil. E também, estão todos convidados para fazer a festa nos nossos bailes da Aciva. Vamos todos juntos valorizar nossa cultura e fortalecer cada vez mais nosso interior.