Um dos objetivos do Plano Plurianual (PPA) de Mato Leitão, segundo o prefeito Carlos Alberto Bohn, é a criação do Museu Municipal. A ideia começou em meados de 2000, quando foram recolhidos alguns itens para o acervo. “Fizemos um levantamento na comunidade, tinha sido realizado um estudo, mas depois não se concretizou. Agora, nos próximos anos, vamos trabalhar nisso”, afirma.
Os itens históricos que a comunidade doou estão guardados e devem ser catalogados quando houver um espaço para isso. “Não temos nada concreto. Mas é muito importante ter esse espaço, é uma parte da história de Mato Leitão que ficará preservada. Também poderá integrar-se como um ponto turístico”, diz Bohn. O local ainda não foi definido e mais detalhes do projeto serão discutidos conforme o andamento. “É um projeto mais trabalhoso, mas que devemos fazer. Será um espaço para expor nossa cultura”, completa o prefeito.
Para a professora de Artes, Marisiane Kochhann, a notícia da criação do museu é muito boa. Ela frisa que esse espaço impulsiona a cultura para todos. “Numa época em que a cultura encontra-se desprovida de auxílios e sucateada, a cidade onde cresci, estudei e trabalhei, onde vivem familiares, vir com essa iniciativa de resgatar a memória e, porque não dizer, a identidade do seu povo, é extremamente importante”, acrescenta.
Marisiane comenta que seu bisavô foi um dos primeiros imigrantes a chegar no município e que, com o museu, a história dos antepassados de muitas pessoas será guardada e lembrada. “Um museu será um fato de extrema importância para a população, principalmente para as novas gerações, que poderão vivenciar nossa história, origens e identidade”, conclui.
Casas antigas
Outro projeto que deve ser retomado é o de restauração de casas antigas do município. O prefeito expõe que há alguns anos foi feito esse levantamento de quantas casas havia, em parceria com a Universidade do Vale do Taquari (Univates), mas que também não foi concretizado. “É um projeto que estamos analisando como fazer. Muitas dessas casas acabaram sendo vendidas e reformadas, assim perderam a história, pois sofreram muitas mudanças, não conseguimos controlar isso”, explica.
Já houve uma mini rota turística com passeio por algumas casas antigas, onde os moradores contavam a história e algumas escolas visitaram. “Foi algo que se perdeu com o tempo, mas queremos retomar”, relata. Quando o projeto começar na prática, serão avaliadas novamente as casas e feito uma seleção e estudo de como restaurar e manter a cultura de casa antiga. “Não temos detalhes definidos ainda”, informa Bohn.
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