Depois da perda, um filhote adotivo para Mel

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Quando a moradora de Linha Brasil, Aline dos Santos, 31 anos, se deparou com a tristeza da cachorra de estimação após a perda do filhote, começou a busca por um cãozinho adotivo para ela. Em julho de 2017, Mel passou por momentos delicados. Aline conta que, acidentalmente, a cachorra da família engravidou, mas mal sabiam que o pior estava por vir.Ela lembra que logo cedo, na manhã do dia 22 daquele mês, verificou que o único filhote da Mel havia nascido e já estava sem vida. “Quando olhei para ela, me pedindo ajuda, lambendo e mostrando que o filhote estava morto, me cortou o coração.” Neste momento, a solidariedade foi mais forte.Aline e a família solicitaram ajuda à ONG Amigo Bicho e na sequência uma mulher do bairro Santa Tecla entrou em contato, avisando que teria um filhote de cinco dias à disposição, para que Mel pudesse se adaptar. “O combinado inicial seria para tentar uma adaptação da Mel, caso não desse certo, a antiga dona iria aceitar o cachorrinho de volta.” A cabeleireira, a filha Lara Yasmin dos Santos Schwaikart, 9 anos e toda a família se sensibilizaram com a adoção do Xodó. “No início ela se assustou quando larguei o Xodó na ‘caminha’ dela, mas aos poucos foi aceitando e não largou mais. Ela sorria, queria agradecer, dava pra ver a alegria no olhar da Mel”, conta Aline, emocionada, ao lembrar que o Xodó era de outra raça o que poderia causar o estranhamento de Mel, porém, a adoção deu certo.

Foto: Rosana Wessling / Folha do Mate Aline e a filha Lara com a Mel e o filhote adotivo, Xodó
Aline e a filha Lara com a Mel e o filhote adotivo, Xodó

Eu me coloquei no lugar da Mel. Algumas pessoas falavam: ‘tira o filhote morto que passa’. Mas eu senti, no olhar dela, que estava sofrendo. Eu como mãe achei isso injusto. Devido à sensibilidade da situação, que mexeu com muitas pessoas, foram milhares de compartilhamentos da postagem que fiz no Facebook e na página da Amigo Bicho, que conseguimos um filhote.”ALINE DOS SANTOS

Carinho por cachorrosHoje, Aline cuida de 10 cachorros, incluindo os do sogro. “Os bichinhos precisam de atenção, cuidado e amor. O amor pelo cachorro não vem da raça, por isso sou contra o comércio, os meus são todos adotados, e das poucas vezes que precisei doar, fiz uma investigação do tutor antes.”A proprietária de um salão de beleza conta que sente uma aproximação muito forte com os animais. “Eu sinto o que eles querem falar pelo olhar, latido e diversas características.” Aline comenta que tem um cachorro surdo. “O Boby ficou surdo devido a um foguete, hoje precisamos de um cuidado especial com ele. Temos comércio aqui, mas somos contra a venda dos fogos.”O amor por animais vem de berço. Aline conta que a irmã de sua avó tinha 14 cachorros. “Esse amor pelos animais está no sangue. Quando casei, vim morar em Linha Brasil e trouxe minha cachorra de estimação junto. Aos fins de semana quando ia visitar minha mãe em Alto Paredão, a Xuxa viajava 42 quilômetros de moto”, recorda.

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