Mesmo diante de uma situação que lhes permitiu receber somente R$ 600 na primeira parcela do salário correspondente ao mês de agosto, os brigadianos lotados
na 3ª Companhia de Venâncio Aires seguem nas ruas. Nesta terça-feira, 1º, um movimento liderado por inativos e familiares de brigadianos voltou a impedir a saída de viaturas, no turno da tarde. Mesmo desmotivados – mas praticamente obrigados por uma questão legal -, os brigadianos que estão de serviço seguem o trabalho normal. Os agentes da Polícia Civil seguem em ‘estado de greve’.
Segundo o que diz o parágrafo 3º, inciso IV do artigo 142 da Constituição Federal, “os membros das Forças Armadas são denominados militares e ao militar são proibidas a sindicalização e a greve”. Por isso, mesmo descontentes com o parcelamento dos salários, os brigadianos seguem nas ruas, desempenhando a sua função de policiamento preventivo. “A falta de motivação é inegável”, salienta o tenente José Dinarte Dutra.
O sub-comandante da 3ª Companhia é solidário ao movimento liderado por inativos e familiares e cita que tudo está acontecendo sem qualquer incidente. “é uma manifestação legítima e muito tranquila”, menciona.
Segundo informado pelos manifestantes, nesta quarta-feira eles voltarão a se postar em frente ao quartel da 3ª Cia, impedindo a saída de viaturas no período das 12h30min às 15h. “Isso é para impedirmos que haja policiamento na área bancária, no horário de pico”, citaram os manifestantes.
Nesta terça-feira, 1º, inclusive, a viatura usada pela Patrulha Especial (Patres), que estava estacionada na rua, em frente ao quartel, foi impedida de sair, no primeiro turno da tarde. Por isso, os dois brigadianos fizeram a pé o patrulhamento da área central.
BANCOSTodas as agências bancárias de Venâncio Aires seguem atendendo normalmente. Ontem, por exemplo, havia uma viatura – com dois brigadianos – na área bancária, no período da tarde, a exemplo do que acontece diariamente. O trabalho, observa o tenente Dutra, deve continuar normal.
No Estado, o SindBancários ingressou com uma liminar pedindo à Justiça do Trabalho, autorização para fechar os bancos, por falta de policiamento. A entidade tem mais 24 horas para decidir se permite o fechamento das agências, em todo o Estado, a exemplo do que aconteceu no início do mês de agosto, na primeira paralisação dos servidores.