A instabilidade do tempo só não chegou a ameaçar como se fez presente mas de forma bem amena na tarde deste domingo. Choveu em uma parte do jogo, em outra não mas nada ao ponto que pudesse comprometer a decisão da A Liga entre River Plate e São Luiz. O ‘susto’ pela possibilidade de chuva até mais forte parece que trouxe consigo aquele ânimo de todos quererem jogar mais que nos primeiros 90 minutos de ida. Quando escrevi na semana passada que foi um jogo de dar sono, esse de volta fez com que qualquer piscar de olho, qualquer conversa mais de lado sem olhar para dentro do gramado, pudesse resultar na perda de um bom lance. E foram vários, principalmente no segundo tempo. O São Luiz chegou duas vezes e teve até bola na trave no começo da decisão. Ficou no quase. O River Plate, quando chegou, marcou gol. Isso fez toda a diferença.
No segundo tempo e para quem ainda não estava com o olhar atento ao gramado, talvez nem viu o gol do atacante Chéio dentro do primeiro minuto de bola rolando. Foi o gol da tranquilidade que o River Plate necessitava. Bem posicionado na defesa, a equipe da casa explorou os contra-ataques. Foram vários e olha que se tivesse aproveitado melhor o dois contra um ou o chute direto em gol, poderia até golear. Daqui a pouco o São Luiz fez seu gol e a pressão mudou de lado. Era o River se defendendo e se cobrando por empilhar chances e desperdiçá-las. Do outro, o São Luiz abriu mão do sistema de marcação e passou a se jogar ao ataque. Os acréscimos mais pareciam que não passavam para o River Plate. Para o São Luiz o relógio andava ainda mais rápido que devia. Ver o árbitro pedir a bola aos 53 minutos do segundo tempo e apontar para o centro do gramado foi um alívio para os comandados por Ari Weber que no pós jogo declarou que o título está em boas mãos.
A questão da escrita ‘jogo de dar sono’ na ida parece que foi levado para dentro do grupo do River Plate. Serviu como um gás mais para que os atletas dessem aquele alogo a mais na decisão de volta. É errado fazer isso? Não, pelo contrário. Muitas vezes se lê o que não quer, em outras se busca justamente isso, ler o que não quer e mostrar para o grupo como tentativa de ‘mexer’ com todos para dar a resposta a altura. Ela foi dada.
Na decisão venceu aquele que tem um grupo mais encorpado. O São Luiz fez o que pôde e mostrou que com o que tem, é possível brigar por coisas maiores. São quatro finais seguidas e somente uma com resultado final de derrota. É algo também para poucos.
TOMA LÁ, DÁ CÁ