
Na tarde da quarta-feira, 18, a servidora Ana Caroline Lopes, ex-diretora da Câmara de Vereadores de Passo do Sobrado, procurou a reportagem do jornal para esclarecer os fatos a respeito de sua exoneração do Poder Legislativo. Em relação aos motivos de sua saída a mesma afirma que não pediu para ser afastada e disse que lhe causa estranheza e indignação as afirmações do presidente Valdenir Linch, (PTB) que segundo ela são falsas.
“Jamais ofendi nenhum dos citados colegas e menos ainda ao presidente. Trabalhei na Câmara durante todo o ano de 2017 e mais de 6 meses nesse ano, sem jamais ter desrespeitado um membro se quer, seja ele vereador ou servidor, pois não é da minha índole e nem do meu perfil. Ocorre que como não fui citada na denúncia que resultou em abertura de CPI e denúncia no Ministério Público, passei a ser acusada e pressionada, como se eu fosse a responsável pela denúncia, porém está claro que não tenho nada com isso”, esclareceu Ana Caroline.
Ela afirmou que as relações ficaram mais complicadas a partir da nomeação da servidora Cargo em Comissão (CC) Bruna Baierle, “também alvo de denúncias, uma vez que provavelmente em razão da relação pessoal e de parentesco com o assessor jurídico, a mesma passou a ser isolada pelo grupo, ora acusado. A servidora Bruna nunca aceitou a subordinação à minha pessoa e ao cargo que eu possuia, afirmando que apenas o presidente lhe daria tarefas ou ordens, fato que foi presenciado por outra servidora, que no momento oportuno será ouvida para esclarecer”, disse Ana.
Sobre o motivo da insubordinação a ex-diretora afirma que poderia ser pelo fato da mesma ser negra ou não ter curso superior completo ou ainda, para que ela não soubesse do que estava se passando na Câmara. Reafirma que acolheu a servidora da melhor forma, mas que desde os primeiros dias, percebeu que esta não aceitava orientações e ordens para realização de tarefas inerentes ao seu cargo.
A ex-diretora lembra que todas as bancadas se manifestaram com agradecimentos ao seu trabalho e desejos de sucesso. “O que mais me deixa indignada, são as mentiras que o presidente está difundindo a respeito de minha saída. Reconheço o poder que o mesmo tem de me demitir, porém, que assuma o que fez, pois ele mesmo sempre deixou claro que eu não fazia parte de suas relações políticas e nem pessoais, como era o caso dos demais servidores. O advogado Salo Preuss é seu companheiro de patronagem no CTG e a Bruna é filha de amigo íntimo, que sempre lhe apoiou em campanhas”, destacou a ex-diretora executIva.
Relatou que não tem família influente, e por isso, o presidente sempre teria feito questão de demonstrar que estava lhe ajudando ao mantê-la como diretora da Câmara. Quantos às denúncias, Ana Caroline diz que espera que a apuração seja séria e que estará à disposição tanto da Comissão Parlamentar de Inquérito, quanto ao Ministério Público para informações que julgarem necessárias, sem nenhum tipo de mágoa quanto ao seu afastamento.
“Jamais faltarei com a verdade, porém não deixarei de responder sobre o que for perguntado e que tenha conhecimento. Sobre algumas das denúncias não poderei falar por total desconhecimento, sobre outras tenho informações esclarecedoras. Espero sinceramente que seja feita justiça e que o presidente Valdenir Linch honre seus votos e pare de mentir, pois lhe servi por muito tempo, sempre com a melhor das intenções. Se alguém lhe denunciou, não pode ele querer se defender mentindo a meu respeito”, finalizou Ana Caroline Lopes.