“Quando nós viemos morar aqui há mais de 30 anos, era tudo lavoura e praticamente não tinha indústrias. Hoje, está ocorrendo o inverso, pois o número de indústrias que se instalou é grande e praticamente não há mais agricultores familiares. Sou uma das poucas agricultoras que ainda permanecem produzindo”. A afirmação é de Zilda Bellini, moradora da rua Djanir Haussen de Oliveira, que acompanhou toda a transformação do Distrito Industrial e hoje convive com a realidade do rural-urbano.
Zilda tem na produção de hortigranjeiros a principal fonte de renda – está neste ramo há 15 anos e produz das mais diversas hortaliças como alface, beterraba, cenoura, rabanete, rúcula, tomate cereja no verão, temperos, entre outros. A produção ocorre em parceria com seu filho Volnei, e com o ajudante Décio Wessling, e as vendas ocorrem três vezes por semana nos restaurantes do centro e na própria residência. Tudo é produzido sob a proteção de sombrites, sem o uso de agrotóxicos e a propriedade conta com um açude para irrigação ´por aspersão` quando passa alguns dias sem chover no verão.
Antes de se mudar para o bairro, Zilda tinha um comércio na área central da cidade e com isso, se tornou bastante conhecida e muitos dos que eram seus clientes naquela época, hoje ainda adquirem seus produtos. E, como a rua liga a rodovia RSC-453 com o Distrito Industrial, Zilda acredita que isto também influencia para que as pessoas a procurem para adquirir os seus produtos. “Muitos dos consumidores trabalham nas indústrias e passam defronte à minha residência na hora de irem para o serviço ou ao retornarem para casa e com isso, aproveitam para comprar algumas das hortaliças que produzo, pois são produtos de qualidade, fresquinhos, colhidos na hora e com um preço bem mais acessível”, salienta.
REDUÇÃO
O forte calor que vem fazendo durante o verão, fez com que houvesse uma redução na produção de hortaliças, mas nada que comprometesse as entregas para os Restaurantes. “O que garante a produção nesta época de calor, são a irrigação e os sombrites. Sem isso, não seria possível produzir nenhuma hortaliça”, refere Zilda.