

No dia 26 de julho de 1915 nascia em Sobradinho Malvina dos Santos, que nesta quinta-feira, comemora 103 anos de vida e de muita saúde. Sua história é interessante, primeiro porque ela não casou e não teve filhos. Conforme Iracilda de Lima, mais conhecida como Marcia, dona Malvina teve um amor não correspondido, e por isso, ela optou por ficar sozinha.
Marcia conta que conheceu Malvina, que considera como uma segunda mãe, há 44 anos, quando morava em Herveiras, pois era muito amiga dos pais de Marcia. Com a morte dos pais, Malvina aceitou o convite para ir morar com Marcia e nunca mais se separaram. Anos depois se mudaram para Pinhal Santo Antonio, depois Santa Cruz do Sul e atualmente residem em Vale Verde e Passo do Sobrado, na casa de Marcia e do companheiro de Marcia, Irineo José Schimuneck, respectivamente.
Segundo Marcia, a saúde de Malvina é invejável, pois ela não apresenta problema algum. “Os exames dela estão sempre excelentes. Não tem gordura no sangue nem pressão alta, não toma nenhum tipo de remédio. A única coisa é que de vez em quando ela sente uma pequena dor de cabeça e às vezes fica gripada, só isso. A vó Malvina ainda enxerga sem óculos e sua única deficiência é não conseguir ouvir direito”, conta Marcia.
Explicou que a vovó centenária não aceita colocar aparelho para surdez porque segundo ela, isso não é coisa de Deus. Com relação à alimentação, “Malvina come muito bem, e não gosta de frescuras, pois não toma refrigerantes, iogurtes nem come produtos industrializados. Na verdade ela come feijão, arroz, aipim, carne e saladas, entre outros”, afirmou Marcia.
A idosa nunca frequentou uma sala de aula, mas tem uma memória muito boa, segundo Marcia, pois lembra de datas e situações ocorridas sem esquecer de nada. “Eu amo muito a vó Malvina, que passou a ser uma mãe prá mim e avó dos meus filhos e bisavó dos meus netos. Inclusive ela adora de paixão meus três filhos, que são tudo prá ela. Nem sei como vou aguentar o dia em que ela partir, pois ajudou a criar meus filhos, quando o pai deles morreu enquanto eram pequenos. Ela cuidava deles para eu poder trabalhar como enfermeira. Por isso, a cada aniversário comemora muito o fato de tê-la com a gente, e por isso hoje, é um dia muito especial”, concluiu Iracilda de Lima (Marcia).