Mês passado o Ministério da Saúde anunciou que meninos de 12 e 13 anos poderiam receber a vacina contra o vírus HPV. Em Venâncio Aires, o Posto de Saúde Central iniciou a vacinação no dia 18 de janeiro, mas foi agora em fevereiro que ela foi intensificada e passou a ser realizada em todos os postos do município. Até a tarde de segunda-feira, apenas 124 meninos receberam a aplicação da vacina. Esse número representa um percentual de 12,30%, pois a meta é de 1.008 aplicações neste ano.
De acordo com dados fornecidos pela secretaria de Saúde de Venâncio, o objetivo é vacinar 500 garotos de 12 anos e 508 de 13 anos contra o vírus. A outra novidade que surgiu neste ano – além da vacinação contra HPV para meninos – foi a vacina Meningocócica C aplicada tanto em meninos quanto em meninas de 12 e 13 anos. A meta é vacinar cerca de dois mil jovens. Também até a tarde de segunda-feira, apenas 7% dos meninos e meninas receberam aplicação da vacina Meningocócica C.
Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica e Imunizações de Venâncio Aires, Carla Lili Müller, desde 2014 as meninas já eram vacinadas contra o HPV. No ano que vem, por exemplo, o público-alvo serão meninos de 11 e 12 anos, em 2019 de 10 a 11 anos e, em 2020, de nove a dez. Após isso, a vacina entrará no calendário de vacinação e fará parte da rotina.
Para Carla, o número de meninos vacinados contra o HPV ainda é pequeno e talvez isso se deva à falta de tempo dos pais, já que os jovens precisam do acompanhamento deles para fazerem a vacina, além da falta de informação e receio quanto às reações da vacina.
Para aumentar esse número e intensificar a vacinação, uma das intenções, segundo a enfermeira, é fazer com que os agentes de saúde do município orientem as escolas a incentivarem os alunos sobre a importância da vacinação.
O que é o HPV?O HPV é um vírus que pode causar câncer do colo do útero e verrugas genitais. Ele é contagioso, e a transmissão ocorre, principalmente, pelo contato sexual.
Além da vacina, a prevenção contra esse tipo de câncer também envolve o exame Papanicolau que identifica possíveis lesões precursoras do câncer que, tratadas de forma precoce, evitam o desenvolvimento da doença.
Procura intensa pela vacina da febre amarela
Conforme Carla, a procura pela vacina contra a febre amarela tem sido bastante intensa desde o início de janeiro. Apenas neste ano, 574 pessoas já fizeram a vacina e a maioria é crianças, adolescentes ou pessoas que pretendem viajar.
A enfermeira ressalta que o número de vacinas feitas contra a doença nunca é tão alto e que isso ocorre apenas quando acontece algum tipo de surto que preocupa a população. A febre amarela, por exemplo, é transmitida por mosquitos a pessoas não vacinadas em áreas de mata. “Como alguns macacos morreram no Rio Grande do Sul, existe a hipótese que pode ser por febre amarela”, comenta.
A preocupação em relação à doença também existe por parte do município que já se mobiliza para evitá-la. De acordo com Carla, agentes de saúde já têm entrado em contato com pessoas do interior – que ficam mais próximas da mata – para verificarem quais ainda não fizeram a vacina contra a febre amarela.