
Infraestrutura logística, educação e qualificação profissional com foco em indústrias. Essas foram as principais necessidades identificadas durante encontro do projeto Rota Fiergs, que promove a interiorização da entidade, realizado nesta quinta-feira, 23, em Santa Cruz do Sul. O evento mobilizou líderes empresariais e gestores públicos para apontar as principais demandas e discutir os desafios enfrentados por indústrias do Vale do Rio Pardo.
Após as discussões entre os participantes do evento, foram definidas as cinco prioridades da região para impulsionar o crescimento e o fortalecimento do setor industrial nos próximos anos:
- Articular, nos âmbitos estadual e nacional, a recuperação da malha viária da região: BR-471, no viaduto de Rio Pardo, conclusão da ERS-403, qualificação dos acessos da RSC-287 e qualificação da RSC-153.
- Fomentar programas de contraturno escolar e formação básica para preparar profissionais, não apenas tecnicamente, mas também com compreensão do valor e funcionamento das empresas.
- Desenvolver alternativas para captação de profissionais qualificados para atuar na produção das indústrias.
- Atuar junto aos órgãos públicos para dar velocidade à instalação do porto de Arroio do Sal e para operação por balsas e reativação de portos internos, com o objetivo de diminuir custos logísticos e facilitar o escoamento da produção.
- Fomentar estratégias para retenção de talentos nas indústrias, por meio de parceria com outras instituições.
Dificuldade da região
Para o vice-presidente regional Claudino João José Simon, que falou durante a abertura do evento, a enchente histórica de 2024, que atingiu, entre outros pontos do estado, o Vale do Rio Pardo, foi o maior desafio da história da indústria gaúcha. Além dos empreendimentos que foram alagados e de funcionários que perderam residências, a logística ficou fortemente comprometida. Apenas na rodovia RSC-287, duas cidades tiveram trechos completamente destruídos: Candelária e Venâncio Aires.
Embora ambos desvios erguidos de forma emergencial já estejam em operação há mais de um ano, é uma demanda recorrente das autoridades a celeridade nos trabalhos de duplicação. Segundo o cronograma da empresa Rota de Santa Maria, concessionária da rodovia, as próximas frentes de obras serão justamente nos dois locais.
Prefeito da Capital do Chimarrão, Jarbas da Rosa adicionou, que, além da necessidade de melhorias na 287, a RSC-453 também precisa ser duplicada. “Hoje elas são um gargalo para o desenvolvimento da região do Vale do Rio Parque e do Taquari. E Venâncio Aires, inserido bem ao centro deste processo, depende muito dessas duplicações”, afirmou. A rodovia integra o bloco 2 de concessão do Governo do Estado, cujo edital está em etapa interna de estruturação. Em breve, o documento será publicizado para posterior leilão.