Em nota divulgada nesta quinta-feira, 4, a Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva) defende que todos os estabelecimentos são essenciais e alerta para o risco de fechamento de empresas e consequente desemprego.
No documento, assinado pelo presidente da entidade, Vilmar de Oliveira, a Caciva repudia o decreto de bandeira preta por classificar as empresas entre essenciais e não essenciais. “As mesmas regras seguidas pelas empresas ditas essenciais podem ser seguidas pelas demais, com controle de público e sem prejudicar as regras sanitárias”, destaca.
No documento, a entidade pede que as autoridades flexibilizem as regras e permitam que, mesmo em bandeira preta, as empresas do comércio e serviços possam adotar regras iguais, com controle de público e distanciamento.
Confira, abaixo, a manifestação:
Sim, somos todos essenciais para o Estado, através da geração dos impostos que pagamos.
Sim, somos todos essenciais para nossa cidade, através da geração de impostos, empregos e renda.
Sim, somos todos essenciais para nossos funcionários e suas famílias, que dependem de sua renda para o pagamento de seu alimento, saúde e educação.
Somos todos essenciais, independente do nosso tamanho, número de funcionários, do que vendemos, produzimos ou do serviço que prestamos.
Se não tem renda, não tem consumo. Se não tem consumo não tem empresa. Se não tem empresas não tem empregos – e assim o caos será instalado e ainda haverá a circulação do vírus, pois as aglomerações, principais fontes de propagação, não foram impedidas com vigor.
Estamos, desde o início da Pandemia, há um ano, cumprindo rigorosamente as regras dos protocolos sanitários sem nenhum registro de surto descontrolado dentro de nossas empresas. As pessoas precisam ser disciplinadas. Essa é a única solução enquanto aguardamos a imunização. Distanciamento social, lavagem de mãos e álcool em gel continuam sendo indispensáveis. Todos precisam fazer a sua parte e não é penalizando empresas que isso vai acontecer.
A Caciva não é contra os protocolos de saúde, entende o grave momento pelo qual estamos passando, mas não concorda com as medidas que penalizam quem cumpre as leis e as regras, dividindo as empresas em essenciais e não essenciais. As mesmas regras seguidas pelas empresas ditas essenciais podem ser seguidas pelas demais, com controle de público e sem prejudicar as regras sanitárias.
Estamos correndo um sério e eminente risco: o fechamento de empresas e o desemprego, sem que isso resolva o problema de contágio. Lembrem-se: essas empresas são responsáveis por alimentar milhares de famílias que, hoje, dependem delas para sobreviver.
Pedimos encarecidamente que as autoridades envolvidas nas decisões referentes às Bandeiras e Protocolos flexibilizem as regras e que permitam mesmo em Bandeira Preta, que as empresas do comércio e serviços possam adotar as mesmas regras, com controle de público e distanciamento, SEM DISTINÇÃO ENTRE ELAS. Que ao menos possam, com um mínimo de contato com clientes, fazer a cobrança de carnês e entregas de mercadorias.
POR FAVOR! SOMOS TODOS ESSENCIAIS!
Venâncio Aires, 04 de março de 2021.
Vilmar de Oliveira
Presidente da Caciva