O levantamento mensal feito pela Folha do Mate na segunda-feira, 4, aponta que para adquirir os 38 itens da lista de compras é necessário R$ 441,42 em julho, o equivalente a 5,96% a mais do que no mês passado, quando a média total estava R$ 416,56.
Na comparação com julho do ano passado, a diferença é ainda maior, de 25,11%, já que no mesmo mês em 2021 para adquirir todos os produtos era necessário R$ 352,80. Agora, os itens com aumentos mais consideráveis são leites e seus derivados. Para se ter uma ideia, o preço do quilo do queijo fatiado, que no mês passado era R$ 45,26 a média, em julho corresponde a R$ 62,38, um aumento de 37,82% em apenas um mês.
O litro do leite também chama a atenção, tanto pelo preço em si, que passou de R$ 5,75 para R$ 7,37 (um aumento de 28%), quanto pela diminuição da variedade de marcas disponíveis na prateleira. A marca que era usualmente utilizada como base, inclusive, precisou ser alterada devido à ausência nos supermercados. A justificativa dos estabelecimentos é o alto preço e a dificuldade de negociação diretamente com as empresas. Na linha dos embutidos frios, a mortadela também apresenta acréscimo no preço médio do quilo.
REFLEXOS
Diante de tantos acréscimos, o consumidor é obrigado a deixar de lado alguns produtos que eram usualmente adquiridos ou utilizar outras estratégias de economia. Para quem faz o tradicional rancho mensal, a diferença é notada mês a mês. É o caso de Clécio Rodrigues dos Santos, morador de Linha Sapé, que procura escolher os itens de acordo com o preço mais baixo. “Nós sempre fazemos o rancho no mesmo mercado, vamos olhando o preço de cada marca para tentar economizar”, comenta.
Dos 38 itens pesquisados pela Folha do Mate, 24 tiveram aumento no preço médio, 12 queda e dois permaneceram iguais. A queda mais significativa foi no preço do quilo do tomate, que passou de R$ 9,84 para R$ 5,65. O percentual de queda corresponde a 42,58% em um mês. O preço médio do quilo da cebola também apresenta redução de 28,10%.
